Uma ossada humana foi encontrada enterrada na fossa de uma empresa em Campo Grande no sábado (28). O delegado Enilton Zalla, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), acredita que o esqueleto estava soterrado há pelo menos 12 anos por conta dos vestígios. Havia próteses de silicone e uma calcinha com os ossos, o que indica que a vítima pode ser mulher.
O material foi encontrado por volta das 13h (de MS) na avenida Tiradentes, bairro Taveirópolis. Zalla relatou que um empregado da empresa estava retirando areia da fossa quando achou a ossada a aproximadamente dois metros de profundidade. Os ossos estavam divididos em três sacos de ração de cachorro que tinham, na data de fabricação, o ano de 2003. Isso, conforme o delegado, indica a antiguidade do soterramento.
“Pela estatura da bacia, pelo tamanho do fêmur, pelo crânio, era uma mulher que não devia ter mais de 1,75 metro. Parecia que o crânio tinha sinal de pancada”, detalhou o delegado, destacando que a morte pode ter sido violenta.
A Polícia Civil e a perícia recolheram o material e o levaram para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol). Lá, será feito levantamento para identificar a vítima. “O Imol vai fazer tentativa de identificação pela arcada dentária e extrair DNA para guardar e tentar identificar”, disse o delegado.
Zalla relatou que o silicone tinha número de série, fator que pode ajudar na identificação da vítima.
O caso será encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DEH). O delegado orienta que pessoas que tiverem parentes desaparecidos desde 2003 entrem em contato com a polícia pelo 190.
De acordo com Zalla, o proprietário da empresa declarou que mudou-se para o local em 2009. Antes disso, a informação é de que havia um canil no local.
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