SHOWTEC EM MARACAJU

Após retração, Azambuja destaca potencial do agro em 2020 e comemora chegada da chuva

Reinaldo comemorou chegada da chuva, que abriu a Showtec com chave de ouro. - Crédito: Hédio Fazan/Dourados News Reinaldo comemorou chegada da chuva, que abriu a Showtec com chave de ouro. - Crédito: Hédio Fazan/Dourados News

Depois de um dezembro marcado pelos impactos da estiagem no campo, quando Mato Grosso do Sul viu a produção de soja retrair 70% comparado ao mesmo período do ano anterior, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou o potencial do agronegócio em 2020, prevendo a ampliação das exportações em mercados asiáticos. 

O chefe do executivo estadual comemorou a chegada da chuva nesta quarta-feira (22/1), que abriu com ‘chave de ouro’ a 24ª edição da Showtec, uma das maiores feiras de tecnologia do campo realizadas em MS. O evento acontece em Maracaju.

Durante coletiva de imprensa, Azambuja revelou a expectativa para as safras deste ano, considerando o trabalho realizado pela ministra Tereza Cristina (DEM), à frente do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), na abertura de novas rotas comerciais para o setor. 

“O Mato Grosso do Sul vem crescendo, a nossa projeção este ano é chegar perto dos 10 milhões de toneladas de soja produzida, 3,180 milhões de hectares de área plantada em todo Estado. A Tereza e a equipe do ministério tem feito um grande trabalho pelo Brasil, abrindo novos mercados. Ela é uma pessoa sintonizada, que conhece diretamente o setor do agro. O Brasil este ano vai bater recorde, Mato Grosso do Sul idem, então isso tudo demanda investimento, então ações como essa, que aproxima o produtor a tecnologias, pesquisa, dando estabilidade produtiva”, contou. 

Ao Dourados News Reinaldo comentou a estiagem registrada no ano passado. Segundo ele, foram perdidos mais de 1,2 milhão de toneladas na produção. Em dezembro de 2019, Mato Grosso do Sul exportou 35 mil de toneladas de soja em grãos, retração de 70,23% em relação a 2018.

“Afetou a produtividade e o produtor e neste novo ano estamos com uma boa expectativa, tivemos expansão de área plantada, uma boa perspectiva de produtividade, a chuva veio em bom tempo e precisa continuar porque nós tivemos um atraso no plantio, mas eu não tenho dúvida que a pesquisa realizada aqui na Fundação MS ela dá um suporte de mais tecnologia e garantia de produtividade ao setor. Se o tempo correr bem, podemos passar mais recorde em MS”, disse.

Azambuja também falou da Rota da Integração Latino-Americana prevendo o alcance de novos compradores para MS, especialmente os asiáticos. Aqui, o grande consumidor da produção de soja é a China. No ano passado o país foi responsável pelo escoamento de 76,14% da produção no Estado. Ao todo 2.432.976 toneladas, que resultaram no giro econômico de US$ 858.707 milhões. 

No milho, o destaque é para o Japão, que em 2019 exportou 1.079.526 toneladas do grão garantindo ao Estado a injeção econômica de US$ 178.455 milhões.

Para o tucano, a rota bioceânica vai fomentar o potencial de escoamento do campo para outro países, juntamente com a conquista de novos compradores na ásia. 

“A rota bioceânica é um caminho de encurtar distâncias aos grandes compradores dos produtos brasileiro, especialmente os asiáticos. Visamos não só a China, mas também a Índia, Indonésia, Paquistão, Vietnã, e grandes compradores dos produtos brasileiros naquela região, e que tem aumento muito a demanda. Esses países tem grandes populações, e eles tem a preocupação de estabilidade alimentar, considerando que não produzem todo o alimento que precisam. E a rota bioceânica, além de dar competitividade, vai melhorar muito o desempenho das exportações de Mato Grosso do Sul”, considera.

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