Apesar da Bolsa de Chicago haver fechado em alta de 0,49% na segunda-feira (04.03), a ausência de cotação do Dólar no Brasil e o próprio afastamento do agricultor da comercialização, dando prioridade à colheita, fez o mercado continuar travado neste início de semana.
Com o feriado desta terça-feira e a volta às atividades somente na quarta-feira à tarde, há pouca atividade no mercado brasileiro, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
A colheita da soja no Brasil atingiu 52% na semana encerrada em 28 de fevereiro, última quinta-feira, contra 45% da semana anterior e 37% da média das últimas cinco safras.
"As precipitações que faltaram em dezembro e janeiro se normalizaram em fevereiro e nas últimas semanas e agora estão atrasando, não somente a colheita, mas também o transporte da soja para os portos", aponta o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.
Este fim de semana foi recheado de chuvas intensas sobre o sul de Minas Gerais, sul de Goiás e oeste do Tocantins, aponta a Consultoria AgResource: "Algumas pequenas partes do oeste da Bahia também presenciaram totais pluviométricos entre 55-70mm acumulados nos últimos 3 dias.
Em exceção ao Centro-Sul do Brasil, todas as demais macrorregiões brasileiras receberam índices entre 10-30mm, no mesmo período".
"Para os próximos 5 dias, as precipitações voltam para o Rio Grande do Sul e permanecem sobre o Médio-Norte do país.
Entretanto, todo o Mato Grosso do Sul e o oeste do Paraná seguem sem previsões de fortes chuvas, nesta primeira semana de março.
Clientes da ARC na região já nos alertam sobre potenciais prejuízos das estiagens sobre a segunda safra do milho.
Na Argentina, as precipitações intensas se dispersam por toda a região sojicultora do país, até o dia 9 de março", concluem os analistas.
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