Para poupar energia, o nosso cérebro filtra as informações e separa as importantes, das não relevantes. Se isso não ocorresse chegaríamos completamente desgastados ao final do dia. Portanto, simplificar e selecionar as "ofertas" diariamente é uma tarefa de sobrevivência.
A escolha da profissão, por exemplo, é algo muito importante que determinará tudo o que você se tornará. Apenas uma pequena porcentagem de brasileiros ingressa em uma universidade, o que no Brasil não constitui uma escolha. A situação financeira da maioria dos jovens que conseguem terminar o segundo grau não os permite entrar ou mesmo concluir um curso universitário, que poderia abrir as portas para um leque maior de empregos. A escolha da profissão no Brasil, infelizmente, está mais ligada à classe social a qual a pessoa pertence. Assim, a situação financeira acaba fazendo a escolha pelo indivíduo.
Deixando um pouco de lado o Brasil, de maneira geral as escolhas que os jovens fazem hoje na profissão vão muito além das oportunidades que seus pais tinham. As oportunidades de trabalho do século 21 possuem um leque muito mais amplo do que as gerações passadas. A minha experiência no consultório de psicologia revela algo muito interessante sobre as escolha da profissão.
Noto que, em diversas famílias, a escolha do filho está vinculada à missão familiar conferida a ele. Somos e fomos influenciados não apenas pelos nossos pais, tios e avós, mas por toda história da qual somos resultado. A família, como a matriz da identidade, acaba sendo muito mais influente em nossas escolhas do que temos consciência. Portanto, a profissão que escolhemos está muito mais ligada à visão que nossa família nos confiou.
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