Nós só conseguiremos passar por esse período turbulento quando entendermos a importância de ter empatia e respeito pelos outros!
Usar a máscara, entre outras medidas, deve ser visto não como “fraqueza” ou “medo” mas como sinal de “respeito pelos outros”.
Para a professora catedrática de Psicologia Social Luísa Pedroso Lima, o segredo para a nova fase, em que os estabelecimentos comerciais vão começar a reabrir e a possibilidade de circulação vai ser alargada pouco a pouco, reside na capacidade de a população adotar um “comportamento coletivo”.
Temos de perceber que se todos nós fizermos o que nos apetece o resultado não vai ser bom. Por isso, devemos “permanecer em casa grande parte do tempo e adotar uma série de comportamentos novos quando saímos, não porque estejamos com medo, mas por respeito para com os outros”, diz a especialista.
“A máscara não pode ser considerada um ato de vulnerabilidade ou fraqueza. Pelo contrário, deve ser um símbolo de força. Temos de olhar para estes comportamentos de prevenção como de responsabilidade coletiva. Essa é a chave do sucesso”, frisa.
Pensar no outro. Ir alem de si!
“É possível haver novos medos, nomeadamente medo de outras pessoas e da proximidade física. Já vemos sinais disso”, salienta Luísa Pedroso de Lima, que avança que apesar de “ser um perigo desta situação”, esse medo só se supera com o sentimento de controlo da situação.
Sentimos medo quando não controlamos uma determinada situação. Quando temos armas para controlar, esse medo pode ser gerido. Nesse sentido, máscaras, luvas e gel são as ferramentas de que precisamos para controlar esse medo e gerir esta nova normalidade”, vinca.
Vamos ser capazes de levar uma vida próxima da que tínhamos antes. Não será igual, mas também esperemos que fiquem novos hábitos, como lavar as mãos, pois hoje caiu definitivamente a ideia de que vivemos num mundo assético”, termina.
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