ARTIGO

Sororidade, vamos falar sobre isso?

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A palavra sororidade diz respeito à valoração, uma irmandade possível, uma aliança, uma união entre mulheres, baseado na empatia e no companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum. A origem da palavra sororidade esta no latim sóror, que significa “irmãs”. Uma amiga de muitos anos, extremamente sociável e inteligente, me apresentou esta palavra ao comentar que, após fazer uma live profissional, se deu conta que poucas amigas e colegas compartilharam ou demonstraram interesse. 

Ficou a questão então, do porque, ou, o que acontece com as mulheres para serem tão desunidas e competitivas umas com as outras? Qual a dificuldade em compartilhar da alegria e do sucesso de uma colega de trabalho ou uma amiga? Que tipo de sentimento é este que não nos deixa agir de maneira à enaltecer um bom trabalho realizado por uma colega ou até mesmo se solidarizar com outra que esteja passando por uma dificuldade?

Eu li na internet uma frase que representa bem a questão: “Seja a mulher que conserta a coroa de outra mulher, sem dizer ao mundo que estava torta.” Simples assim, ajude, acolha, prestigie, motive e fortaleça outras mulheres. Quando uma mulher incentiva os vôos de outra mulher, ela esta dando asas a si mesma. Empoderar uma irmã te faz ouvir a própria voz, te lembrando de quem voce é, libertando todo amor e beleza que reside no seu coração.

É uma atitude de transformação apoiar outras mulheres, como ser humano que somos. Sabemos que a competitividade existe e é própria do capitalismo, mas é preciso repensar certas atitudes, pensar e agir mais com cooperação, vai nos fazer bem, bem para o mundo e para os outros ao nosso redor. Incentive atitudes reais e positivas de mulheres à sua volta, preste atenção no trabalho que outras mulheres desempenham, sempre que possível ouça a história de vida de outras mulheres, aprenda com elas, participe delas, treine seu olhar para que não seja de inveja, de cobiça ou de rancor, mas de reconhecimento, satisfacão e gratidão, veja outras mulheres “além do aparente”, não só mulheres, mas os outros seres humanos, sem distinção de sexo, raça, trabalho, credo ou política.  

Rumo ao pensamento e à acão cada vez mais amplos, podemos fazer com que haja troca, e que essa troca seja permeada de afeto, pois amor também é ter empatia com o outro, e isso só de dá por meio do afeto e da afetividade. Dedico este artigo as mulheres da minha vida, as mulheres da minha linhagem, as mulheres minhas amigas e colegas, as mulheres mães, a minha filha Júlia. Precisamos aprender à amar, compreender, e, desta forma, curar umas as outras.  

*Psicopedagoga/Terapeuta, Equoterapeuta/Equitadora - email: denicaramori@hotmail.com

 

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