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Vamos falar sobre bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, que ocorrem sem motivação evidente, por um ou mais indivíduos causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos.

Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda. E podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa auto-estima. Tendem a desenvolver problemas de relacionamento e comportamentos agressivos. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Existe um terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito: o espectador, é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido.

A pessoa que sofrem bullying chegam a apresentam altos índices de estresse que desencadeiam muitas doenças, como: dores de cabeça, tonturas, náuseas, ânsia de vômitos, dor no estômago, diarréia, enurese, sudorese, febre, taquicardia, tensão, dores musculares, excessos de sono ou insônia, pesadelos, perda ou aumento do apetite, dores generalizadas, dentre outros. Pois quando sofremos é no corpo que sentimos, e geralmente o maior alvo do bullying são crianças, essas reagem dessa maneira. Desenvolvendo assim um quadro psicossomático apresentado por essas crianças tendo como único agente os maus-tratos do bullying.

Em extensão a esses sintomas existem os danos psicológicos que são observados devido à prolongada exposição dos maus-tratos. Os ataques podem causar danos irreparáveis ao longo da vida do indivíduo afetando o desenvolvimento cognitivo e emocional. Dentre os danos observados estão à ansiedade, tensão, medo, raiva, irritabilidade, dificuldade de concentração, déficit de atenção, angústia, tristeza, desgosto, apatia, cansaço, insegurança, retraimento, sensação de impotência e rejeição, sentimentos de abandono e de inferioridade, mágoa, oscilações do humor, desejo de vingança e pensamento suicidas, depressão, fobias e hiperatividade, entre outros.

Precisamos identificar essas crianças e adolescentes que sofrem, encaminhar para acompanhamento psicológico para minimizar e reverter os danos. Para isso é necessário estar atento para as mudanças comportamentais da criança.

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