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Com investimentos do estado, aeroporto de Bonito retoma voos e projeta novas conexões ao destino

Foto: Edemir Rodrigues Foto: Edemir Rodrigues

Com recorde de visitantes em setembro e outubro deste ano, o turismo de Bonito supera os três meses de paralisação devido à pandemia do coronavírus e cria cenários positivos para este fim de ano e para 2021. A partir deste domingo (13), a Azul retoma os voos e novas companhias aéreas aguardam a conclusão das obras e novos equipamentos no aeroporto local, em execução pelo Governo do Estado, para conectar o destino ao mundo.

Com coordenação da Superintendência Viária, da secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra), o Estado assumiu o controle do aeroporto em 2018 e promove adequações operacionais para a mudança de classificação do aeródromo, qualificando-o para receber grandes aeronaves. Foram adquiridos equipamentos Papi (sigla em inglês que significa Indicador de Percurso de Aproximação) e a faixa de domínio da pista está sendo ampliada.

Hoje o aeroporto de Bonito opera por visual e, a partir de 2021, será por instrumento, com a instalação dos Papi nas duas cabeceiras. Os aparelhos (sistema óptico de luzes) auxiliam a navegação aérea de aproximação indicando a altitude correta ou precisa para aterrisagem. Já adquiridos pelo Estado por meio de licitação, ao custo de R$ 1 milhão, os equipamentos são importados dos Estados Unidos, com previsão de chegada em fevereiro do próximo ano.

Captação de voos

Em visita às obras, o superintendente viário da Seinfra, Derick Machado, informou que as instalações (cabeamento em fibra óptica) estão prontas para receber o Papi. Adiantou que técnicos da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) realizam um ensaio laboratorial para saber qual o PCN (Número de Classificação do Pavimento) da pista de pouso, que tem 2.000 metros, para avaliar a capacidade de suporte do pavimento aeroportuário.

O novo sistema operacional do aeródromo gera uma expectativa muito grande no setor turístico da região (incluindo Jardim, Bodoquena e Miranda). “Devemos triplicar a médio prazo o número de voos para nosso destino”, estima Augusto Mariano, secretário municipal de Turismo. Antes da pandemia, a Azul operava cinco vezes por semana, em conexão com Campinas, e a Gol aguarda apenas a conclusão das obras no aeroporto para iniciar operação.

“Com a Seinfra entregando a nova certificação do aeroporto, a fundação vai se encarregar de captar novos voos, o que deve gerar uma competição muito grande entre as companhias”, afirma o diretor-presidente da Fundação de Turismo (Fundtur/MS Bruno Wendling. Para que isso ocorra, além da instalação dos Papi o Governo do Estado executa serviços de ampliação da área de escape da pista, cumprindo exigências para nova classificação do aeroporto.

Novo patamar

Bruno Wendling disse que a Fundtur vem trabalhando com estratégias para minimizar os impactos da pandemia ao turismo e uma das ações é o constante relacionamento com as companhias aéreas para a manutenção e captação de novos voos. A Azul anunciou a retomada do voo Campinas-Bonito-Corumbá, inicialmente com três voos até o fim do ano, aos domingos, com perspectiva de voltar a operar cinco dias por semana nos primeiros meses de 2021.

O presidente do Bonito Convention & Visitors Burean, Rodrigo Coinete, destaca o compromisso do governador Reinaldo Azambuja com o maior destino de ecoturismo do Brasil ao assinalar a reestruturação do aeroporto, a melhoria da logística terrestre, com o asfaltamento de rodovias de acesso, e mais segurança, citando a construção do quartel do Corpo de Bombeiros, obra em execução. “Nosso turismo entrará em um novo nível”, disse.

Para o secretário municipal de Turismo, Augusto Mariano, novas conexões de Bonito com Guarulhos (SP), portal emissor de estrangeiros, favorecerá o destino com redução do tempo de viagem e custo de bilhetes. “O investimento do governo é de fundamental importância. Vamos captar voos charters e com a Bioceânica Atlântico-Pacífico nos conectaremos com os Andes e receberemos voos internacionais de grandes emissores, como Paraguai e Bolívia”, projeta.

 

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