O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) é um dos 20 governadores que assinam um manifesto conjunto, no domingo (19), em defesa da democracia e em apoio aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O documento, com data de sábado (18), foi publicado neste domingo após o presidente Jair Bolsonaro ter se juntado a uma manifestação que pedia intervenção militar e fechamento do Congresso Nacional.
O Fórum Nacional dos Governadores diz que o manifesto foi motivado pelas declarações de Bolsonaro em relação à postura dos líderes do Congresso Nacional, "afrontando princípios democráticos que fundamentam nossa nação". As medidas econômicas de apoio as estados para enfrentar a pandemia de coronavírus, discutidas pela Câmara dos Deputados e o Senado, têm sido alvo de críticas da equipe do governo ao longo das últimas semanas.
O manifesto diz ainda que os governadores têm pautado suas ações na ciência e na experiência dos profissionais de saúde e de países que já enfrentam quadros mais agudos da pandemia. "Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos".
Os governadores defendem o diálogo, superação das diferenças e das vaidades. "A saúde e a vida do povo brasileiro devem estar muito acima de interesses políticos, em especial neste momento de crise".
O presidente discursou para o grupo de manifestantes na tarde deste domingo em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Militantes gritavam pedindo o fechamento do Congresso, do STF e a instituição de um novo AI-5.
Neste domingo, houve carreatas pelo país pedindo o fim do isolamento social - medida adotada em todo o mundo para conter a pandemia de coronavírus - e com críticas ao Congresso.
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