Normalmente quem aprisiona a emoção são os pensamentos de conteúdo negativo, estressante, ansioso. Constroem sociedades democráticas, mas o homem moderno não é muitas vezes livre. Nenhum ser humano também é completamente saudável. Todos têm algum tipo de doença psíquica e algum grau de dificuldade para administrar pensamentos e emoções.
Quem controla todos os pensamentos que se passam no mundo da mente? Pois constroem pensamentos absurdos que não se têm coragem de verbalizar. Quem é senhor pleno das emoções?
Todos produzem sentimentos que não gostam de mencionar, tais como raiva, medo, humor, tristeza, insegurança, mas eles se produzem fora do controle da vontade consciente do “eu”. Todas as coisas que obstruem a inteligência funciona como cadeias conscientes e, principalmente, inconscientes nos bastidores da construção da inteligência.
Nem os grandes homens livraram-se de ter conflitos em suas vidas. Os pensadores na filosofia nas ciências viveram crises emocionais e existenciais. Muitos deles produziram pinturas, esculturas, peças literárias, textos filosóficos e pesquisas científicas, como tentativa de superação da angústia que os abatiam.
Diversos conflitos que encarceram as emoções ocorrem numa fase da infância em que não se tem defesas intelectuais. Alguns deles ocorrem apesar dos pais terem sido pessoas excelentes. O escritor Augusto Cury declara que “é muito comum que os estímulos do ambiente ou uma atitude ou reação dos pais sejam inadequadamente interpretados pelos filhos, produzindo frustrações e causando-lhes importantes cicatrizes nos amplos terrenos do inconsciente. Portanto, é possível adquirir conflitos mesmo tendo vivido uma infância saudável”.
Além disso, o mundo moderno virou uma fábrica de pessoas estressadas. Até pessoas que desenvolvem uma personalidade sem grandes traumas podem, quando adultas, devido ao estresse profissional e social, desenvolver arquivos doentios nas matrizes da memória. As pessoas mais responsáveis e aplicadas estão mais sujeitas a prisão da ansiedade. Superar as prisões psíquicas que são construídas ao longo de uma trajetória deve ser a grande meta da inteligência.
O pior prisioneiro é o que não enxerga seus próprios limites. O pior doente é aquele que represa suas emoções e tem medo de admitir sua fragilidade, fracassos e momentos de insegurança.
É mais fácil conquistar fortuna do que sabedoria. Quem é sábio? Sábio não é a pessoa que não erra, não se frustra e nem sofre perdas, mas é aquela que aprende a usar suas dificuldades como alicerce da sua sabedoria. Que destino você dá para seus erros? O que você faz com as dores emocionais que vivencia? Elas constroem ou o destroem?
Infelizmente, raras vezes somos eficientes em dar um destino lúcido às nossas falhas e sofrimentos.
Sabemos lidar com os sucessos, mas estamos despreparados para as derrotas. Sabemos lidar com as alegrias, mas não com a tristeza e com a ansiedade. Quando conquistaremos a suprema serenidade...
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