Adriano Hilário dos Santos, o ‘Kaique’ e Hamilton Roberto Dias Junior, o ‘Muringa’, foram condenados a mais de 25 anos de prisão, cada, pelo envolvimento no assassinato de Maurício Molina Matossi, ocorrido em novembro de 2017.
O corpo do rapaz foi encontrado em meio a mata na Linha do Potreirito, em Dourados, após ser ordenada a morte dele no chamado ‘Tribunal do Crime’, quando integrantes de facção criminosa decidem pelas penalidades a serem aplicadas em outras pessoas.
A sentença foi publicada nesta terça-feira (25/7), pelo juiz Ricardo da Mata Reis, da 3ª Vara Criminal do município.
Para o magistrado, a pena de 25 anos e dois meses de reclusão a cada um dos envolvidos, “incide a majorante do crime praticado por grupo de extermínio, incrementando-se a reprimenda da terça parte”, cita a decisão judicial.
De acordo com a denúncia feita pelo promotor Luiz Eduardo Sant’anna Pinheiro, da 14ª Promotoria de Justiça de Dourados contra Hamilton e Adriano, ambos são lideranças de facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios.
O primeiro, teria participado do julgamento que terminou na morte de Maurício, enquanto o segundo autorizou que outros integrantes assassinassem o rapaz.
Maurício seria de grupo rival, segundo aponta as investigações, e também acusado pela morte de Fábio da Silva Centurião, o ‘Fabinho Di Menor’.
O caso
O corpo de Maurício Molina Matossi, foi encontrado na manhã do dia 13 de novembro na Linha do Potreirito, em Dourados. O jovem de 23 anos morava no Jardim Novo Horizonte, região Oeste da cidade e estava desaparecido.
Na época, a Polícia Civil informou que Maurício respondia pelo homicídio de ‘Fabinho Di Menor’ ocorrido dias antes no mesmo bairro que morava. Ele chegou a se apresentar e confessou o crime, alegando legítima defesa.
Maurício possuía passagens por vários crimes, entre eles tráfico e receptação.
Condenações
Ao longo das investigações, a Polícia Civil prendeu outros envolvidos no crime, já condenados, como mostrado pelo Dourados News em novembro de 2020.
Na ocasião, o Tribunal do Júri decidiu e o juiz Eguiliell Ricardo da Silva proferiu sentença contra cinco integrantes do grupo, que somadas as penas, ultrapassavam 100 anos de prisão.
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