Brasil

Além da música, futebol era paixão de José Rico em Dourados

Sucesso em todo o Brasil fazendo dupla com Milionário, José Rico, que morreu na tarde desta terça-feira (3) aos 68 anos em Americana (SP) em decorrência de problemas no coração e nos rins, viveu por anos em Dourados. Na cidade, além da música, o cantor também era apaixonado por futebol.

O radialista Gilberto Orlando, hoje aposentado, foi uma das pessoas que teve contato com o cantor no início dos anos 1970, antes de José Rico & Milionário se transformarem num sucesso de vendas.

Segundo ele, o músico mostrava talento ainda jovem e participou por várias vezes em seu programa, apresentado na Rádio Clube, única emissora da cidade na época. Depois, de tanto contato com os locutores, passou a integrar o time de futebol da emissora.

“Eu tive pouco contato com ele. Foi no início dos anos 1970, acho que em 73. Eu apresentava um programa na Rádio Clube e ele já morava aqui. Estava sempre lá cantando suas músicas e logo se tornou amigo de todos. Tínhamos um time de futebol e ele começou a bater bola conosco no campo do antigo Floresta [em frente a escola Imaculada Conceição, na rua Ponta Porã]”, disse, lembrando que uma de suas características era ser brincalhão e gozador.

Durante o período em que esteve no município, ele fez vários amigos e chegou a varrer o chão de uma barbearia localizada na região central da cidade, conforme matéria publicada pelo jornal O Estado, de 2012.

Na época como douradense, o cantor foi empresariado por Salvador Pinheiro, que começou a vender seus shows na região. José Rico chegou a morar um tempo nos fundos da sua casa, na região do Jardim Itália, onde atualmente mora a viúva de Pinheiro.

José Rico Alves dos Santos, nasceu no Pernambuco, mas foi criado em Terra Rica, no Paraná, desde os dois anos de idade, por isso adotou o nome de José Rico. O apelido foi inventado por um padre durante a sua infância na cidade paranaense e logo depois acabou registrado em cartório.

A dupla com Milionário se chamava inicialmente Tubarão e José Rico. “As gargantas de ouro do Brasil”, como ficaram conhecidos vendeu aproximadamente 35 milhões de exemplares em 29 discos gravados desde o ano de 1973.

Comentários