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Alvo de operação, prefeito de Ivinhema diz que ordens judiciais não tem a ver com seu mandato

Policiais do Gaeco cumprem mandados em Ivinhema - Crédito: Ivinotícias Policiais do Gaeco cumprem mandados em Ivinhema - Crédito: Ivinotícias

No início da tarde desta quarta-feira (30), o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), foi às redes sociais para se pronunciar sobre a operação Contrafação, desencadeada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). 

A ação cumpriu nove mandados de busca e apreensão, envolvendo o nome do mandatário reeleito nas últimas eleições para mais quatro anos, como um dos alvos.

Durante a live, Juliano Ferro esclareceu que a operação não tem qualquer relação com a prefeitura ou com atividades do poder público. De acordo com ele, o caso está vinculado a uma transação de automóvel, área em que atua fora do cargo público. 

Segundo o prefeito, os advogados estão levantando as informações, mas, pelo que se sabe até o momento, trata-se de uma situação relacionada com a transferência de um carro. E o valor apreendido durante a operação seria fruto da venda de um veículo.

Na transmissão, o prefeito também aproveitou para desabafar sobre o que descreveu como perseguições que têm marcado seu mandato.

A operação Contrafação foi organizada pelo MPMS com o objetivo de apurar possíveis irregularidades. 

Caso

Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, policiais militares do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) realizaram as ações em vários locais de Ivinhema e Dourados.

Além de Juliano, o proprietário de alguns comércios da cidade também foi alvo das investigações, mas não teve o nome divulgado oficialmente.

Conforme relatado pelo MPMS, durante as investigações constatou-se o caso de uma caminhonete de luxo, que pertenceu ao prefeito e também ao empresário alvo da operação. Mesmo sem registro formalizado em nome de qualquer um deles, o veículo teve a transferência efetivada para o nome de dois policiais militares de Mato Grosso do Sul. 

A medida ocorreu com base em documentação falsificada, segundo informa o Ministério Público, já que o antigo proprietário morreu três anos antes do registro.

“A transferência ocorreu em junho de 2023, perante o Detran em Maracaju, todavia, o proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação”, diz o material divulgado pela Promotoria.
 

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