Na quarta-feira (16) o telefone da sucursal do Mídiamax em Dourados tocou: “Tem uma pessoa que fez um poema que se transformou em rock de protesto sobre a cidade. Acho que rende uma matéria em homenagem ao aniversário de Golden City”. Era Nicanor Coelho, que festejava a realização de um antigo sonho, que era ver um dos seus escritos virar música.
“Ele era um observador da história da cidade e tinha um olhar jornalístico sobre tudo que enxergava e conseguiu traduzir isso no poema já naquela época “, relatou Dagata, lembrando que está finalizando a gravação do material, mas não sabe se vai dar tempo para circular no aniversário da cidade, conforme queria o amigo jornalista e “que a música ficará como um legado para os douradenses”.
Homenagens
A prefeitura de Dourados, onde trabalhava atualmente e o Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Grande Dourados) emitiram nota de pesar pelo falecimento do jornalista Nicanor Coelho, 52. Ele morreu no início da tarde desta quinta-feira (17), após sofrer infarto fulminante.
Nicanor Coelho começou a carreira no início dos anos 1.980 em Dourados e passou por vários veículos de comunicação da cidade e da região. Atualmente, ele trabalhava na assessoria da prefeitura de Dourados e tinha um jornal online. Ele também foi correspondente do Jornal Midiamax, que mantém uma sucursal em Dourados.
A nota publicada na página oficial da prefeitura lamenta a morte do jornalista, dá “condolências à família” e afirma que a perda “deixará uma lacuna irreparável no jornalismo e em nosso município”. Para o Sindicato dos Jornalistas de Dourados e Região, o profissional deixa “o legado de memoráveis produções e registros que marcam a história local e regional”.
Em virtude da pandemia do coronavírus, o velório do jornalista acontece das 8h às 10h da manhã desta sexta-feira (18), na Capela Bom Jesus, na Avenida Coronel Ponciano e o sepultamento acontece no Cemitério parque das Primaveras.
Veja a letra da música:
Golden City
(Nicanor Coelho e Fernando Dagata)
Luzes esclarecem
Ruas largas, avenidas
A cidade sobe, tudo sobe
A gente da cidade sobe atônita
E sabe que a cidade cresce
O sangue sobe, o poeirão sobe
Tiranos sobem
A plebe desce,
E de novo padece,
A pressa, a prece e a cidade
Golden City só que cresce
A gente da cidade sobe atônita
Em suas ruas largas, avenidas
Luzes esclarecem
O sangue sobe, o poeirão sobe
Tiranos sobem
A plebe desce
Golden City só que cresce
E de novo padece
Luzes esclarecem
Ruas largas, avenidas
A cidade sobe, tudo sobe
A gente da cidade sobe atônita
E sabe que a cidade cresce
O sangue sobe, o poeirão sobe
Tiranos sobem
A plebe desce
Golden City só que cresce
E de novo padece
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