O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) informou hoje que 55 profissionais foram obrigados a sair de suas casas por violência, prisão e ameaças de morte em 2012. Os refugiados vêm de 21 países, a maioria deles com forte repressão à atividade dos meios de comunicação.
Segundo a entidade, Irã e Somália lideram a lista, seguidos por Etiópia, Síria e Eritreia. Com exceção do Irã, todos os países passam por intensos conflitos internos ou guerras civis.
Questionados, os jornalistas afirmam que a violência é a principal razão para fugir.
Dentre esses países, o que mais teve profissionais de imprensa mortos foi a Síria, com 28. O país enfrenta guerra civil entre rebeldes e o regime de Bashar al-Assad, que proíbe a entrada de jornalistas internacionais desde o início do conflito, em março de 2011.
Na América Latina, o líder da violência contra os profissionais foi o México, onde os jornalistas enfrentam a intimidação e as ameaças de morte de políticos e cartéis do narcotráfico. Em diversos casos, são obrigados a aplicar a autocensura para evitar que sejam prejudicados.
A coordenadora do programa de assistência do CPJ, María Salazar-Ferro, afirmou que os profissionais fazem falta aos meios "que já estão lutando para proporcionar a informação sobre temas delicados". "O exílio forçado pode destruir a vida dos jornalistas, assim como de suas famílias".
Ela informou que a entidade fornece ajuda logística e financeira profissionais ameaçados, com a ajuda de outras organizações.
fonte: Correio do Estado
Comentários