Homem confessou que uma das brigas começou porque jovem recusou relacionamento sexual a três
O personal trainer, Pabilo dos Santos Trindade, de 36 anos, foi condenado a 25 anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, agravado por asfixia, feminicídio, crime processual e ocultação de cadáver, durante júri que durou 14 horas, nesta segunda-feira (24), em Sonora, a 364 km de Campo Grande. Conhecido como "Pablo Bombadão", ele confessou que um dos motivos que levou a briga e morte da esposa, Laís de Jesus Cruz, 29 anos, foi a jovem ter recusado relacionamento sexual a três.
O crime ocorreu em agosto de 2021 e na segunda-feira, Pablo sentou no banco dos réus, em plenário lotado e muita comoção nos depoimentos. Ele continuou negando veementemente a autoria, mas as provas e materialidade do crime eram irrefutáveis. A defesa até tentou diminuição de pena, desqualificando as atenuantes, mas ao ver que não seria possível, o advogado o chamou em uma sala fechada por cinco minutos antes de seu depoimento. Ai sair, Pablo confessou.
O réu afirmou que as versões apresentadas por ele seriam para ganhar tempo e conseguir ser transferido o mais rápido possível de Sonora e da região. Hoje ele está preso em Campo Grande.
Briga e morte - De acordo com Bombadão, na manhã do dia 2 de agosto de 2021, ele teria se desentendido com a vítima e depois seguiu até a casa da sogra, onde pegou o filho, foi até o mercado e na volta, o deixou na creche. O homem voltou para casa, quando iniciou discussão com Laís.
Durante a briga, Bombadão afirma que a jovem teria lhe atacado e neste momento a empurrou, fazendo com que ela batesse a cabeça na parede. Pablo diz não lembrar como a estrangulou e depois saiu de casa sem rumo. Ao voltar para casa, tomou a decisão de enterrar Laís e então iniciou a limpeza geral, no intuito de se livrar das provas, como manchas de sangue e objetos, tentando sustentar sua versão, de que sua esposa teria se suicidado.
Foi descartada já na investigação policial a participação de uma terceira pessoa no crime, porém, há versão nos autos, confirmada por Pablo, de que uma das causas da briga entre o casal, seria que Bombadão queria fazer um trisal e Laís não aceitava. Em seu depoimento durante o Júri, o réu confirmou a versão e disse que esta mulher seria da cidade de Rondonópolis (MT).
O promotor de justiça, Thiago Barile Galvão de França fez uma apresentação extraordinária, se baseando em provas contundentes, fotos de Laís no momento em que foi encontrada, de quando era criança e laudos periciais. Ele destacou que se dedicou ao caso como nunca feito em outro.
Pablo sempre negou a autoria do crime, tentou sumir com provas, limpando manchas de sangue, jogando fora documentos, celulares e outros objetos de Laís, bem como se passando por ela nas redes sociais e em conversas com a sogra, mães da vítima, no intuito de retirar toda e qualquer suspeita a cerca dele.
“Mesmo Pablo tendo confessado, os argumentos processual usado pelo MP queria sempre demonstrar a crueldade cometida, o sofrimento da família, dos filhos e assim conseguir que todas as atenuantes fossem aprovadas e acatadas pelo Tribunal do Jurí e ao final de longas noites em claro e um Júri tenso e cansativo, conseguimos êxito e atingimos o objeto final”, destacou Thiago Barile.
(Com informações do site Idest)
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