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Após acidente com naja, criadores entregaram voluntariamente sete serpentes ao CRAS

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Após o acidente envolvendo uma serpente naja e um estudante de Medicina em Brasília, no início de julho, e a operação desencadeada pela Polícia Federal no fim do mês em cinco estados (inclusive Mato Grosso do Sul), pessoas que criavam esses animais em casa sem autorização ambiental procuraram o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) para fazer a entrega voluntariamente. Em pouco mais de uma semana, o Cras recebeu sete serpentes e cinco tarântulas (uma espécie de aranha) que passaram por exames clínicos e foram encaminhadas ao Biotério da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

A coordenadora do Cras, médica veterinária Aline Duarte, alerta que capturar, traficar, vender e criar animais silvestres (sejam nativos ou exóticos) é crime ambiental e o infrator pode ser preso e obrigado a pagar multas pesadas. No caso do jovem que criava a naja, a multa foi de R$ 78 mil e ele responde a processos por diversos crimes. No entanto, se a pessoa procurar voluntariamente um órgão ambiental e fizer a entrega do animal, fica livre de qualquer punição.

Das serpentes entregues por criadores ao Cras, cinco eram da espécie Corn Snake, a “cobra-do-milho”, encontrada na fauna norte-americana. Muito cobiçada pelos traficantes de animais por ser colorida e não peçonhenta. Outras duas eram Píton, também sem veneno e coloridas. Aline Duarte explica que o biotério da UCDB é o melhor equipado da Capital, por isso recebe todos os animais dessas espécies que são entregues ao Cras.

A entrega pode ser feita todos os dias de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h. O Cras é um hospital veterinário vinculado ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e está localizado entre o Parque das Nações Indígenas e o Parque Estadual do Prosa. O acesso é no final da rua Mato Grosso, na rotatória que dá acesso ao Parque dos Poderes.

É possível conseguir autorização ambiental para criar animais silvestres, cumprindo algumas exigências. Acesso aqui a Nota Conjunta feita pelo Ibama e Imasul que traz essas e outras orientações.

 

 

 

 

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