À frente do projeto que visa levar água às famílias residentes na Reserva Indígena de Dourados, o vice-governador Barbosinha (PP) disse aguardar retorno do Governo Federal sobre o projeto entregue à Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) na semana passada.
“As aldeias de Dourados são fruto de puxadinhos [na distribuição de água]. Temos problemas de produção, reserva e distribuição. A alternativa que encontramos é que precisa ser montado um projeto novo, mantendo o antigo funcionando, mas perfurando novos poços, com uma nova reserva e distribuição”, disse, lembrando que o custo dessa obra gira em torno de R$ 35 milhões.
Barbosinha e o Grupo de Trabalho responsável por essas ações têm atuado desde o início do ano em busca de solucionar o problema.
Na semana passada, eles se reuniram com representantes da Sesai e da Coaep (Coordenação de Análise e elaboração de Projetos de Infraestrutura e Saneamento) para apresentar a proposta final do projeto que visa garantir acesso a água potável para as aldeias do município.
A intenção é resolver a situação que permanece há anos na região.
Após a definição, caberá a Sesai, responsável pela atenção primária à saúde e saneamento para os povos indígenas que residem nas aldeias do país, dar andamento ao projeto.
“Ontem recebi ligação do Ministério dos Povos Originários e hoje as ações que têm [nas aldeias de Dourados] são fruto do Governo do Estado e da Sanesul. Estamos fazendo um trabalho paliativo”, afirmou.
Na semana passada, em meio a onda de calor que sufocava os douradenses, vídeos que circulavam nas redes sociais mostravam crianças indígenas da cidade buscando água em córregos dentro da Reserva sob sol que superava os 37ºC.
“Não podemos esquecer que a responsabilidade sobre esse assunto é da União. O Governo do Estado e Sanesul têm auxiliado porque não podemos deixar isso como se encontra”, disse.
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