O Governo do Estado autorizou a retomada das cirurgias eletivas na rede pública em Mato Grosso do Sul. A medida atende pedido do deputado estadual Marçal Filho (PSDB), que reivindicou a volta dos procedimentos de forma gradativa. As cirurgias estavam suspensas desde março em razão da pandemia do novo coronavírus.
São consideradas cirurgias eletivas aquelas que não são de urgência e emergência. "A saúde e a qualidade de vida de muitas pessoas foram impactadas porque interromperam tratamentos ou precisaram adiar as cirurgias. A retomada das cirurgias, consultas com especialistas e exames de forma gradual serão importantes para evitar agravamento de quadros clínicos de pacientes e impedir um colapso da saúde lá na frente", diz o deputado.
Embora os hospitais da rede pública estejam focados no atendimento dos casos suspeitos e confirmados da covid-19, resolução da Secretaria de Estado de Saúde, que autoriza o retorno das cirurgias, fará com que os agentes públicos comecem a estudar estratégias para voltar a realizar procedimentos, de forma segura e respeitando uma série de medidas a serem observadas, como disponibilidade de vagas Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e testes para Covid-19.
Para a tomada de decisão, a Secretaria de Estado Saúde avaliou considerações defendidas por Marçal Filho que permitem a retomada dos procedimentos, como o caráter dinâmico do comportamento geográfico da disseminação da Covid-19, sobretudo que o adiamento do início ou da continuidade do tratamento daqueles pacientes com doenças não emergenciais, pode resultar em aumento da dor, acréscimo das complicações, sobrecarga ao sistema de saúde e consequentemente a morbimortalidade.
Outra decisão que levou em consideração a retomada das cirurgias eletivas é que, quanto mais tempo perdurem os procedimentos, o volume de pessoas doentes com necessidade de cirurgias irá aumentar, sobrecarregando o sistema público de saúde.
Conforme a resolução, para atender a retomada das cirurgias, os hospitais deverão seguir alguns critérios técnicos como levar em conta a existência de um número apropriado de leitos hospitalares disponíveis, principalmente de UTI; ter a disposição exames para detectar o coronavírus nos pacientes e equipe de saúde, além de uma série de medidas a serem tomadas no pré e pós-operatório, com recomendações de atendimento padronizados para obter confiabilidade.
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