De acordo com o MPT, já existem três inquéritos civis abertos nas regiões onde a Ford deixará de produzir.
Na segunda-feira, 11, a montadora americana anunciou o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller.
Com base nesses três processos, foi criado o Geaf por meio do qual as procuradoras do Trabalho que comandam os inquéritos na Bahia, Ceará e São Paulo poderão atuar de forma “coordenada e estratégica” para mitigar os impactos da decisão da Ford.
Por meio de nota, o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, demonstrou preocupação com os reflexos sociais e com a empregabilidade dos trabalhadores da empresa após o fim das atividades nas três unidades. Ele ressaltou que existe toda uma cadeia produtiva do entorno da empresa que também será atingida
Pela Ford, participaram da reunião o diretor jurídico da companhia, Luís Cláudio Casanova, o gerente de Relações Governamentais, Eduardo Freitas, e três advogados da empresa.
Segundo o MPT, os representantes da montadora repetiram os argumentos que a empresa vem sustentando para justificar sua saída do Brasil, e se comprometeram em encaminhar ao ministério público do trabalho todas as informações requisitadas sobre as demissões.
O secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, e o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, também participaram da reunião virtual.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Ministério da Economia já iniciou conversas para apoiar a recolocação dos trabalhadores da Ford que vão perder o emprego com a saída da montadora do Brasil.
Uma das possibilidades é a criação de um programa específico para ajudar esse grupo de trabalhadores altamente qualificados.
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