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Aquidauana e Sidrolândia já são consideradas novos epicentros da covid-19

Pesquisadores alertam para mortalidade em municipios da Macrorregião de Campo Grande, área que concentra 88% dos casos de covid

Índio terena abrindo cova para sepultamento de vítima da covid (Foto/Arquivo: Joilson Sobrinho) Índio terena abrindo cova para sepultamento de vítima da covid (Foto/Arquivo: Joilson Sobrinho)

Aquidauana e Sidrolândia passam a compor o epicentro do novo coronavírus (covid-19) em Mato Grosso do Sul, aumentando a preocupação com os índices da macrorregião de saúde de Campo Grande, ainda “acende todos os níveis de alerta possíveis”.

A avaliação consta em novo relatório dos pesquisadores que compõem a Rede Geográfica de Análise de Covid-19, referente às 31ª a 33ª semanas epidemiológicas (1º a 15 de agosto). Pelo levantamento, Aquidauana e Sidrolândia registram aumentam no número de casos e mortes que elevam os municípios aos níveis de alerta 5 e 4, respectivamente, os mais altos na escala considerada no estudo.

Aquidauana subiu de 4,59 para 5,82 e, como a capital, também está com nível de alerta 5. Sidrolândia registrou aumento de 4,26 para 4,46. Na macrorregião de saúde de Campo Grande, seis dos 34 municípios concentram 88% dos novos casos de covid-19.

 “Chamamos atenção que na macrorregião de saúde de Campo Grande, além do município de Campo Grande, a microrregião de saúde de Aquidauana e Sidrolândia passaram a fazer parte do epicentro da pandemia no estado de Mato Grosso do Sul”, expõe a pesquisadora e professora do Campus de Aquidauana Ana Paula Archanjo Batarce.

No relatório, elaborado por pesquisadores das universidades federais de Mato Grosso do Sul (UFMS), Grande Dourados (UFGD) e do Oeste da Bahia (UFOB), recomenda-se medidas urgentes para conter a disseminação da doença. “Os alertas e as recomendações têm sido feitas reiteradamente ao longo dos meses de julho e agosto”.

Os pesquisadores fazem alerta específico sobre a vulnerabilidade da população indígena. Do total de casos 23.299 casos confirmados até 15 de 6,56% correspondem a indígenas (1.529 ). Já em relação aos 370 óbitos, a mortalidade de indígenas representa 10,81%, sendo 40 mortes do total.

Em outro estudo, desenvolvido por pesquisadores da UFMS, Campo Grande já teria chegado ao pico da doença e, que a partir de agora, entra no cenário de achatamento da curva. Neste caso, entram na avaliação dados coletados após dia 15 de agosto até dia 23.

Responsáveis pela pesquisa, os professores Erlandson Saraiva, do Inma (Instituto de Matemática) e Leandro Sauer, da Esan (Escola de Administração e Negócios) afirmam no estudo que a taxa de reprodução do vírus, ou seja, a quantidade de pessoas infectadas a partir de outras, está em 1,06, ou seja, próxima da estabilização, que é 1,0. O índice ainda representa necessidade da população manter o distanciamento social.

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