Brasil

Banco Mundial aprova nova estratégia de atuação no Brasil

Marco com vigência de 2018 a 2023 tem foco em ajuste das contas públicas, estímulo aos negócios e à inovação e desenvolvimento sustentável.

Banco Mundial defende que Brasil precisa garantir serviços e inclusão social para os mais pobres, apesar das atuais limitações de seu espaço fiscal.

O Banco Mundial ratificou neste mês sua nova Estratégia de Parceria com o Brasil. Documento orientará a atuação do organismo financeiro pelos próximos seis anos.

A estratégia se divide em três pilares principais: ajuste fiscal sem prejudicar os mais pobres; estimulo à produtividade, à competitividade e à inovação para melhorar o ambiente de negócios; e o desenvolvimento sustentável e o crescimento verde.

O diretor do Banco Mundial para o país, Martin Raiser, comentou a ênfase do novo marco nacional no incentivo à atividade produtiva.

"Esses dois aspectos, o de diminuir o custo para fazer negócios para estimular a criação de novos empregos e o de incentivar mais inovação, mais competitividade e um desempenho melhor das empresas, isso são as duas agendas que vão levar o Brasil a crescer mais e a crescer de uma maneira mais sustentável e reduzir a pobreza a partir da criação de empregos", defendeu.

O dirigente lembrou que "dois terços da redução da pobreza na última década foram ligados à criação de empregos". Raiser também chamou atenção para a necessidade de enfrentar os desafios fiscais por que o Brasil tem passado.

Segundo o especialista, as novas diretivas do Banco Mundial para o Brasil continuam "com forte foco na melhoria da prestação de serviços e inclusão social que estavam no centro da estratégia anterior, mas com uma crescente ênfase em novos modelos de gerenciamento que prometem aumentar a eficiência e a eficácia do setor público, além de salvaguardar o acesso para o pobre".

A sustentabilidade nos negócios, o terceiro eixo do documento, prevê que o Banco Mundial apoie discussões sobre como gerenciar os recursos naturais brasileiros, com vistas a garantir o desenvolvimento econômico responsável, em especial para as pequenas comunidades rurais ou que vivem em regiões de floresta. Ações também abordarão o combate e a mitigação das mudanças climáticas.

A Estratégia de Parceria do organismo financeiro orienta o trabalho do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), da Corporação Financeira Internacional (IFC) e da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) no Brasil.

"O país continuará enfrentando desafios significativos no caminho do desenvolvimento social e econômico sustentável, e uma maneira de ajudar a enfrentá-los, em um momento de restrições fiscais, é mobilizar uma grande quantidade de investimentos de longo prazo em setores-chave da economia.

O sucesso que o Brasil terá nesta importante jornada terá como base a parceria entre os setores privado e público", afirmou o representante da IFC no país, Hector Gomez Ang.

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