Em 2019, em seu bicampeonato, a mangueira apresentou uma nova bandeira do Brasil, com cores diferentes e ao centro, ao invés de “Ordem e progresso”, colocou “Índios, negros e pobres”. Por chamar muito atenção, um objeto carnavalesco terá um destino um pouco diferente, a bandeira está sendo colocada no Museu de Arte Moderna do Rio.
A peça foi criada pelo carnavalesco Leandro Vieira, o desfile da mangueira em 2019 teve o tema “História para ninar gente grande” e no encerramento foi apresentada a bandeira reinventada. No lugar do verde, amarelo e azul, visa-se o verde e rosa, da Estação Primeira.
Após o desfile, a bandeira ganhou muito destaque nas redes sociais, foram milhares de compartilhamentos. Após tanto destaque, a peça poderá ser vista de perto novamente, pois ficará em exposição no museu.
Leandro afirma que esse é mais um passo importante no estreitamento entre o dito meio “tradicional” das artes e o carnaval.
“Acho que nesse momento de não-folia e de lutas pelo reconhecimento da atividade, é muito bacana um artista que cria exclusivamente para o carnaval ganhar espaço na arte contemporânea. O registro dos trabalhadores instalando a bandeira aqui no MAM transmite a ideia de uma nova ordem, a construção de um novo Brasil.”
Em 2020, o carnavalesco também foi indicado ao Prêmio Pipa, o primeiro em 11 anos que pôde ver seu trabalho em um dos catálogos mais prestigiados sobre arte contemporânea.
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