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Brasil registra 2 mil vítimas de tráfico humano para trabalho escravo

Quase 2 mil pessoas foram identificadas como vítimas de tráfico humano para trabalho escravo em 2022 no Brasil, apontam os resultados divulgados nesta quinta-feira, dia 03 de agosto, pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

Os dados são fruto de uma análise dos relatórios de fiscalização feitos pelos auditores-fiscais do Trabalho em ações para prevenir e reprimir o tráfico interno e internacional de pessoas, segundo o governo federal.

No total, 1.970 vítimas foram identificadas neste ano. Além disso, o relatório mostra que, desde 2016, a Inspeção do Trabalho resgatou 4.888 pessoas em situação de trabalho escravo, e que também haviam sido vítimas de tráfico humano.

A maioria das vítimas é dos estados de Minas Gerais, Maranhão e Bahia. Já Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul foram identificados como os principais destinos dos trabalhadores traficados, conforme o MTE.

Os dados apontam ainda que 93% das vítimas são homens, predominantemente de etnia preta ou parda (85%), e com baixa escolaridade (23% com até o 5º ano incompleto e 7% analfabetos).

Ainda segundo o relatório, 46 vítimas tinham entre 13 e 17 anos quando foram resgatadas.

Denuncie

A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de Palermo, define o tráfico de pessoas como atividade que envolve diversas formas de coação e exploração, como trabalho forçado, condições análogas à escravidão, servidão e exploração sexual.

É possível denunciar o tráfico de pessoas para trabalho escravo no Sistema Ipê, de forma anônima ou identificada.

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