O Ministério da Saúde registrou, no ano passado, 141,4 mil acidentes com escorpiões. O número representa um aumento de 16 mil ocorrências em relação ao ano anterior, e um crescimento de quase 50 mil em relação a 2016. Os dados referentes a 2018 ainda são preliminares.
Em 2016, 115 pessoas morreram por conta de acidentes com escorpiões no Brasil. Em 2017, foram 88 vítimas fatais. A pasta ainda não tem o levantamento sobre mortes no ano passado porque esse número só é calculado dois anos depois do ano de referência.
O clima úmido e quente do verão contribui para o aparecimento desses animais, que se escondem em esgotos e entulhos. Locais com acúmulo de lixo também costumam trazer riscos, pois o escorpião se alimenta de baratas — que são atraídas pelos resíduos.
Confira dicas de como evitar acidentes com escorpiões:
Use telas em ralos no chão, pias e tanques;
Procure vedar possíveis frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas;
Afaste camas e berços das paredes;
Faça uma checagem em roupas e sapatos antes de vestir ou calçar, para se certificar de que nenhum inseto entrou;
Mantenha jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico;
Guarde o lixo da casa em sacos bem fechados, pois os resíduos podem atrair baratas, que servem de alimento para o escorpião;
Mantenha a grama aparada;
Evite colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos;
Use luvas e botas para manusear entulho e materiais de construção, por exemplo;
Se morar em área rural, procure preservar os predadores dos escorpiões: lagartos, sapos, e aves noturnas, como as corujas;
Evite usar pesticidas, pois eles não têm eficácia comprovada para controlar o animal em ambientes urbanos.
Trabalhadores da construção civil, madeireiras, transportadoras ou distribuidoras de hortaliças, legumes e frutas são considerados grupos de risco, assim como crianças. Abaixo dos 7 anos de idade, os pequenos também correm mais risco de ter sintomas longe do local da picada — por isso é necessário socorrê-las o mais rápido possível.
O que fazer em caso de acidentes?
O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan recomendam ir, imediatamente, ao local de atendimento mais próximo (confira a lista). Confira outras medidas que também podem ser adotadas:
A pessoa que foi picada deve ficar em posição deitada e permanecer calma;
Lavar o local da picada com água e sabão ajuda, mas só se isso não for atrasar o atendimento médico;
Mantenha o local da picada elevado;
Dê água à vítima.
Em caso de acidentes leves — que, segundo o Ministério da Saúde, são 87% das ocorrências — não é necessário aplicar antídoto, mas só o profissional de saúde poderá fazer essa avaliação.
Comentários