Brasil

Caixa libera crédito para construção de imóveis e retoma contratos em MS

A Caixa Econômica Federal começou a convocar vendedores e compradores para assinar os contratos de financiamento de imóveis que estavam parados nas agências.

A CEF ampliou em R$ 8,7 bilhões os recursos do crédito habitacional para as faixas 1,5 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda de até R$ 4 mil. Estas duas faixas representam 86% de todos os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida.

"Em Mato Grosso do Sul, centenas de contratos envolvendo imóveis do Minha Casa, Minha Vida estavam parados desde setembro à espera de liberação de crédito", afirma o presidente da ACOMASUL (Associação dos Construtores de MS), Adão Castilho.

Segundo a CEF, a restrição aconteceu por causa do acordo internacional de Basileia. Este acordo firmado por mais de 100 países cria exigências mínimas de capital para que os bancos possam sustentar sua carteira de crédito.

Logo que começou o contingenciamento de crédito, a diretoria da Acomasul foi até Brasília onde participou junto com a FENAPC (Federação Nacional dos Pequenos Construtores) de reuniões no Ministério das Cidades e na presidência da Caixa Econômica Federal. Vários políticos deram apoio aos construtores.

No dia 19 de outubro, houve protestos em várias capitais e cidades do Brasil para chamar a atenção para o problema. Em Campo Grande, a Acomasul reuniu lojistas, corretores e outros profissionais do segmento da construção civil, para uma carreata que percorreu o centro da capital até a Superintendência da CEF na Avenida Mato Grosso. Quatrocentas pessoas participaram da manifestação.

"A nossa mobilização surtiu efeito e foi um alento porque muitas famílias viviam o pesadelo de perder o que tinham investido nos imóveis. Já os construtores estavam prestes a fazer demissões porque não tinham capital e nem garantia de vender os próximos empreendimentos", explica Adão Castilho.

Só em Campo Grande, até junho deste ano, foi aprovada pela prefeitura a construção de quase 5 mil imóveis que devem ser vendidos até dezembro de 2018.

"Agora temos fôlego para tocar nossos projetos e girar a economia. Acreditamos no reaquecimento da construção civil daqui pra frente", diz Adão Castilho.

Nesta quinta-feira, a diretoria da Acomasul vai estar novamente em Brasília onde tem uma reunião com a presidência da CEF. A Associação reivindica agora regras técnicas mais claras e transparentes para a construção de imóveis. "Nossos associados tem o compromisso de fazer imóveis com qualidade para que as famílias não tenham problemas futuros com a construção", finaliza Castilho.

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