Mais Seis

CGU abre processo contra 6 empresas citadas na Lava Jato

RIO - A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou nesta quarta-feira a abertura de mais seis processos administrativos de responsabilização contra empresas envolvidas na Operação Lava-Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Os processos são contra a Tome Engenharia S/A, Egesa Engenharia S/A, Carioca Christian Nielsen S/A, Skanska Brasil Ltda, Eit Empresa Industrial Técnica S/A, MPE Montagens e Projetos Especiais S/A. Há possibilidade de novos processos serem abertos contra outras empresas.

As companhias serão notificadas nos próximos dias, já que a decisão do ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, foi publicada hoje no Diário Oficial da União. A Controladoria informou que, caso as empresas sejam responsabilizadas, as empresas podem ficar impedidas de celebrar novos contratos e receber multas ou, se for o caso, outras penalidades cabíveis.

Segundo o MPF, algumas outras empresas de fora do “clube” participaram e venceram de forma esporádica determinadas licitações na Petrobras, mediante negociação com as empreiteiras que formariam o cartel. Entre essas empresas está a Tomé Engenharia e a Carioca. De acordo com as investigações, a Skanka passou a fazer parte do "clube" que dividiria as obras entre si a partir de 2006.

Já foram instaurados processos administrativos de responsabilização contra dezoito empresas envolvidas na Operação Lava-Jato: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão, UTC-Constran, Alumni Engenharia, GDK, Promon Engenharia, Andrade Gutierrez, Fidens Engenharia, Sanko Sider, Odebrecht, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Ambiental e SOG Óleo e Gás.

A Alumini Engenharia está em processo de recuperação judicial. Ela participava de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), mas a Petrobras rompeu o contrato com a empresas nas duas obras.

Os primeiros processos foram abertos pela CGU em dezembro do ano passado. Na ocasião, o órgão informou que "a decisão era resultado da análise, feita pela equipe da CGU, de documentos e informações da investigação da Operação Lava-Jato, que foram compartilhadas pela Justiça Federal, pelo juiz Sérgio Moro". A CGU afirmou que se baseou não apenas nos depoimentos contidos no material compartilhado, mas principalmente nas provas documentais, como e-mails, notas fiscais, transferências bancárias e registros de interceptações telefônicas, entre outros.

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