Com uma alta demanda do agronegócio e crescente procura do setor empresarial sul-mato-grossense por recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), o CEIF-FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO), aprovou deliberações com critérios de prioridade para garantir distribuição adequada dos recursos do Fundo para viabilizar novos empreendimentos em Mato Grosso do Sul. A informação foi dada pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) após reunião do CEIF-FCO realizada na terça-feira (10).
Entre as prioridades estabelecidas pelo CEIF-FCO estão os projetos de suinocultura e avicultura. “Na suinocultura, já foram internalizados cerca de R$ 340 milhões neste ano e temos demanda adicional em diversos municípios como Sidrolândia, Terenos, Bandeirantes, Rio Negro, Jaraguari e na região sul do Estado, nas integradoras”, informou o titular da Semagro, que preside o conselho do Fundo no Estado.
Mato Grosso do Sul conta com R$ 2,3 bilhões disponibilizados para contratação de empréstimos via FCO em 2022. “Metade desse recurso deve atender às demandas do setor rural e, a outra metade aos projetos nas áreas de indústria, comércio, serviços, turismo e infraestrutura”, lembrou Verruck. Na última reunião do CEIF-FCO foram aprovados R$ 208.059.359,16 em novos investimentos, sendo R$ 77.848.105,25 em projetos na linha do FCO Empresarial e R$ 196.211.253,91 no FCO Rural.
“Isso demonstra que o agronegócio sul-mato-grossense continua investindo, por isso temos hoje uma pressão de demanda muito forte no FCO Rural. Naquilo que temos de pedidos internalizados no banco, já ultrapassamos 100% do orçamento previsto para esse segmento no ano de 2022, mas vamos continuar recebendo cartas-consulta. Na reunião do CEIF observamos muitos projetos de irrigação, que decorrem da preocupação com o período de seca, a fim de evitar prejuízos como no ano passado. Temos também uma crescente procura de financiamento para reforma de pastagem, correção e conservação do solo, além de armazenagem, mas a grande demanda permanece em máquinas e equipamentos”, comentou o titular da Semagro.
Com a implantação das mudanças defendidas pelo Governo do Estado, que contemplaram o FCO Empresarial com uma melhor taxa de juros, oferecendo aos empreendedores a opção pela taxa pré-fixada, a Semagro monitora o comportamento do setor. “Nós já observamos uma demanda adicional do comércio, indústria serviços e turismo, podendo atingir, em agosto, a totalidade do recurso disponível no Fundo, também para esse segmento”, disse o secretário. A previsão, segundo ele, é de que, no mês de agosto, haja uma redistribuição dos recursos do FCO entre os estados do Centro-Oeste. “Somente então saberemos se haverá recurso adicional e a prioridade é do FCO Empresarial”, finalizou Jaime Verruck.
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