Na tarde de terça-feira (6), o repórter fotográfico Hedio Fazan, do Dourados News, captou imagens do ninho feito por uma coruja-buraqueira no canteiro central da Avenida Marcelino Pires, entre as ruas Melvin Jones e Albino Torraca.
Enquanto a mãe repousava sobre uma placa publicitária, observando do alto, três filhotes permaneciam no chão, perto do ninho. No período em que eram fotografados, dois saíram, mas sem muita distância. Somente um permaneceu lá dentro.
Na prática, retratam, ainda que simbolicamente, o mesmo índice de isolamento social apurado em Dourados na terça-feira (5), conforme boletim divulgado hoje pela Secretaria de Estado de Saúde. A publicação aponta 29,6% de adesão, ou seja, aproximadamente um terço tem permanecido no ninho, aliás, em casa.
Segundo a bióloga Patrícia Rondon, o nome científico das corujas flagradas nesta manhã no centro da cidade é Athene cunicularia, também conhecida como coruja-buraqueira.
Ela indicou Wikiaves para mais informações, site segundo o qual essa ave “recebe esse nome por cavar buracos no solo”.
“Os filhotes saem do ninho com aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estão com 49 a 56 dias. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Podem defender o ninho, voando em direção a um predador potencial, inclusive pessoas, desviando no último momento; visualizada várias vezes vocalizando e espantando invasores como cachorros e gatos”, detalha a publicação.
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