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Com tudo recriado, loja nasceu com balcão de terra e móveis de uma vida

Loja de cookies e cerâmicas nasceu dando novas histórias para peças antigas. (Foto: Kísie Ainoã) Loja de cookies e cerâmicas nasceu dando novas histórias para peças antigas. (Foto: Kísie Ainoã)

Arquitetura

Loja de cookies e cerâmicas foi decorada pelas donas reutilizando objetos de suas casas, e ficou um charme!

Sabendo que gostariam de abrir uma loja física para reunir cookies e cerâmicas, Tayla Auto Duarte e Natália Ajiki escolheram garimpar dentro de casa e em lojas de móveis antigos toda a decoração do espaço. Com isso em mente, das cadeiras até a pia do banheiro, tudo ganhou novos sentidos, incluindo terra para criar o balcão principal.

Há pouco mais de um mês, a loja na Rua Sebastião Lima, Bairro Monte Líbano, abriu as portas e, contando que não existia um orçamento amplo para a decoração, as proprietárias focaram na criatividade. Seja no ambiente externo ou interno, nenhuma peça veio novinha de fábrica, cada detalhe foi feito pensando no reaproveitamento.

Quem chega ao espaço, é recebido por um quintal que se assemelha muito ao de uma casa. Contando que a ideia foi realmente essa, Tayla explica que enquanto os sofás e vasos de flores vieram da casa de sua mãe, a outra parte das plantas foi levada tanto do seu espaço quanto de Natália.

“Nós fomos trazendo as coisas das nossas casas e até o varal de luzes veio assim também. Eu usei no meu casamento há alguns anos e combinou com o espaço, então se integrou também”, detalha Tayla.

Já ao entrar na parte interna da loja, a história começa com a porta principal. Narrando que as duas gostam de coisas antigas, Natália diz que além dos objetos pessoais, muita coisa foi encontrada em lojas de móveis antigos e também de ferro velho, como é o caso da porta.

Já ao entrar na parte interna da loja, a história começa com a porta principal. Narrando que as duas gostam de coisas antigas, Natália diz que além dos objetos pessoais, muita coisa foi encontrada em lojas de móveis antigos e também de ferro velho, como é o caso da porta.

“Por gostarmos muito de coisas antigas, nós quisemos trazer isso para o ambiente. Nós conhecemos alguns lugares juntas, pesquisamos referências e transformamos aqui com ajuda do pai e do marido da Tayla, que são engenheiros”, Natália relata.

Enquanto as duas se dedicaram a fazer essa espécie de curadoria, elas destacam que a ajuda dos familiares foi essencial desde a criação do balcão até das prateleiras. Foi com o pai e com o marido de Tayla que nasceram peças como balcão, estantes e algumas mesas.

Feito com taipa, um processo de terra compactada em formas de madeira, o balcão também utilizou de madeiras reaproveitadas. Narrando que a família tinha algumas peças antigas e sem uso em casa, Tayla explica que quase todos os itens feitos com madeira foram produzidos pelos familiares.

Ela detalha que tanto o pai quanto marido gostam de lidar com a madeira e, pensando também na economia de produzir tudo em casa, resolveu pedir ajuda dos dois para criar a decoração.

Se diferenciando da criação com madeira, as cadeiras mais robustas foram levadas por Natália e um balcão lateral foi encontrado em uma loja de móveis usados. “Essas cadeiras com acento claro estavam na casa dos meus pais, elas fizeram parte da minha infância e agora estão aqui também”.

No espaço atrás do balcão, as luminárias verdes também fizeram parte da infância de Tayla, enquanto outras ideias como as garrafas de vinho são parte de referências mais atuais. “As luminárias eram do nosso espaço de estudo na casa dos meus pais, assim como outros itens de decoração que ficam nas estantes”.

Já no banheiro, seja a pia ou o suporte para papel higiênico, cada coisa foi feita com a mesma lógica de reaproveitamento. Natália conta que a ideia é fazer uma cuba de cerâmica, mas que por enquanto uma antiga foi posicionada com um pedaço de madeira antigo do pai de Tayla.

Tanto a torneira quanto o suporte foram feitos com um estilo mais industrial, já que usam canos para recriar cada objeto.

E, claro, o motivo de tudo ter surgido, as duas explicam que tanto as cerâmicas quanto os cookies também são feitos com muita personalidade. Em julho, o Lado B contou sobre a história de Tayla com os cookies, mas o espaço físico ainda não havia sido inaugurado.

Com receitas artesanais, ela criou cookies feitos com baunilha de verdade, através de uma orquídea própria. Hoje, ela divide o espaço com Natália, que é designer e cria as cerâmicas.

Focada em produtos criativos, Natália conta que também possui uma marca de camisetas, que espera retomar com o tempo e também exibir na loja física. “Comecei com as cerâmicas depois e produzi bastante enquanto a gente montava aqui. Por serem feitas a mão, as peças são disponibilizadas em menor escala, mas a ideia e conseguir aumentar essa quantidade”.

Com tudo modelado à mão, as cerâmicas também são expostas no local e estão disponíveis para compra.

A loja fica localizada na Rua Sebastião Lima, número 586 e funciona de segunda até sexta-feira, das 14h às 19h e, aos sábados, das 9h às 15h.

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