DOURADOS

Comitê municipal aponta 23 casos a menos de Covid-19 e acusa "guerra de informação"

'Notícia ruim traz mal muito grande', desabafou médico do Comitê - Crédito: Reprodução/Facebook 'Notícia ruim traz mal muito grande', desabafou médico do Comitê - Crédito: Reprodução/Facebook

O Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19 em Dourados apresentou nesta quinta-feira (4) boletim com 23 confirmações do novo coronavírus (Covid-19) a menos do que o total informado pela Secretaria de Estado de Saúde. Além disso, o médico Ricardo do Carmo Filho acusou haver guerra de informação.

Na entrevista exibida pelas redes sociais da Prefeitura de Dourados, foram detalhados 396 diagnósticos positivos, dos quais 144 de pessoas já recuperadas, 230 em isolamento domiciliar, e 21 pacientes internados – 15 leitos clínicos e seis em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) -, além de dois óbitos.

Desse total, 311 residentes no perímetro urbano, 10 nos distritos rurais, e 75 na Reserva Indígena, além de 35 de outras localidades, referentes a moradores de outros municípios que fazem as testagens na maior e mais populosa cidade do interior de Mato Grosso do Sul.

Além disso, o boletim municipal publicado hoje apontou 18 novos casos confirmados nas 24 horas transcorridas desde ontem, 14 no perímetro urbano, um distrito, e três na Reserva Indígena.

No drive-thru implantado no 2ºGBM (Grupamento de Bombeiros Militar) houve um diagnóstico positivo, dois foram feitos nas unidades gripais, dois pela Vigilância Epidemiológica, quatro entre testes rápidos, três na saúde indígena, e quatro entre pessoas internadas.

Membro do Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19 em Dourados, o médico Ricardo do Carmo Filho queixou-se do que classifica como guerra de informação em meio à pandemia.

“O número por si só não diz nada”, afirmou, contestando também a alegação do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende Pereira, de que Dourados tornou-se o epicentro da Covid-19 em Mato Grosso do Sul.

“Epicentro é termo que surgiu de terremoto. É um termo atrativo em contexto de mídia, mas epicentro não pode ser sinônimo de perda de controle e colapso da saúde. O que está sendo feito? será que está sendo feito muito diagnóstico?”, ponderou.

Segundo o médico, “notícia ruim traz mal muito grande”. “A gente está sofrendo bastante com essa situação, poderia estar focando em outras questões. Perco tempo muito grande tentando trazer devolutiva para imprensa de uma guerra da informação”, desabafou.

Quanto à divergência de dados entre município e Estado, apontou diferença no horário de fechamento dos respectivos boletins.

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