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Condenado por matar jovem com mangueira de lava-jato é preso

Quase um ano após ser condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pela morte de Wesner Moreira da Silva, Willian Enrique Larrea, de 37 anos, foi preso em Campo Grande, nesta terça-feira, dia 27 de fevereiro. O crime aconteceu em 2017, em um lava-jato da Capital. Willian responde por introduzir uma mangueira de lava-jato no ânus da vítima, em 2017, que causou a morte do adolescente.

Willian se apresentou com um advogado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e foi levado ao Centro de Triagem, no complexo prisional do Jardim Noroeste. O segundo condenado, Thiago Giovanni Demarco Sena, que também foi condenado a 12 anos, segue foragido.

Apesar do julgamento ter terminado no dia 30 de março do ano passado, a prisão dos dois foi determinada há 12 dias, pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Os dois estavam soltos devido à recurso pedindo anulação do julgamento. Ao acabar o prazo de análise dos recursos, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) negou o pedido e manteve a pena.

Além disso, a justiça determinou que os condenados paguem uma indenização de R$ 300 mil à família de Wesney e uma pensão vitalícia no valor de 2/3 do salário-mínimo vigente em cada período. Quando houver atualização do valor, essa pensão subirá proporcionalmente.

O caso

A agressão aconteceu em 3 de fevereiro de 2017. Wesner ficou 11 dias internado, e chegou a gravar um vídeo agradecendo as orações. Além do ferimento no intestino, o rapaz tinha uma lesão no esôfago e sofreu hemorragia, morrendo em decorrência de uma parada cardíaca.

O pedido de prisão dos suspeitos foi feito pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, à época na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) no dia da morte do rapaz, quando saiu o laudo confirmando a lesão corporal grave. No entanto, três dias depois, a Justiça negou o pedido de prisão dos suspeitos.

O dono do lava-jato, Thiago Demarco Sena, de 26 anos, e o funcionário Willian Henrique Larrea, 30 anos, suspeitos de violentar Wesner, nunca foram presos. De acordo com a defesa, o argumento é de que o crime teria sido "uma brincadeira".

Antes de morrer, o garoto negou que a agressão tenha sido uma brincadeira. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em 2019, havia um impasse em torno da questão se houve ou não intenção de matar.

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