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Contorno rodoviário contempla expansão portuária de Porto Murtinho

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Cumprindo o cronograma de investimentos em infraestrutura viária e urbana em Porto Murtinho, garantindo suporte aos empreendimentos de transporte rodoviário e hidroviário que estão se instalando na região, o Governo do Estado iniciou a construção do contorno viário para acesso aos portos que margeiam o Rio Paraguai. A obra de R$ 25,2 milhões beneficia também a cidade, tirando o tráfego pesado da área central.

Com a retomada dos embarques no terminal da APPM (Agência Portuária de Porto Murtinho) e o início das operações do novo porto, da FV Cereais, a movimentação de caminhões com cargas de soja é intensa na BR-267 em direção a Porto Murtinho. Próximo à entrada da cidade, também iniciou atividades o Centro de Triagem Mecari, megaestrutura privada que disciplinará o fluxo de veículos aos portos, com um estacionamento para 400 caminhões.

“O contorno rodoviário é uma necessidade, para evitar transtornos a cidade, e faz parte de uma estrutura logística fundamental para atender ao fluxo de veículos, que agora só tende a aumentar”, disse o empresário Peter Feter, sócio-proprietário da FV Cereais. “É uma obra que também demonstra o compromisso do Estado e dá garantias e confiabilidade ao investidor, pois a logística é um dos gargalos que hoje travam os nossos negócios”, completou.

Expansão consolidada

Conforme o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a pavimentação do acesso é parte de um plano para reforçar a estrutura logística de Murtinho e toda a região Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Além da nova estrutura portuária em operação e projetada, o município será o eixo da Rota Bioceânica, que abrirá caminho para os produtos brasileiros ao Pacífico com destino ao mercado asiático.

“Desde 2014 o governo Reinaldo Azambuja criou um programa de incentivos à exportação para potencializar o uso dos portos e, principalmente, da Hidrovia do Rio Paraguai. Houve uma consolidação desse projeto com a instalação e ampliação desses terminais. Por outro lado, fomos instados a oferecer uma infraestrutura ao município, que não dispunha de um acesso adequado”, explica o secretário.

O investimento que o Estado faz, na construção do contorno rodoviário, consolida o projeto de expansão da capacidade portuária e de incremento da hidrovia, que se transforma em importante rota para escoamento da produção, via portos da Argentina e do Uruguai, ao resto do mundo. “Essa obra melhora o acesso à região portuária, facilita o dia a dia na cidade, que já não estava suportando o tráfego pesado, e dá qualidade de vida à população”, finaliza Verruck.

Acesso de 7,19 km atenderá também os novos portos em estudos de instalação, dentre os quais o da Docas de Murtinho (DPM)

Prazo de dez meses

O anel viário terá 7,19 km de extensão, do entroncamento com a BR-267, na entrada da cidade, a área portuária, contornando lateralmente ao dique de contenção de cheias construído na década de 1970. As faixas de rolamento terão 3,5 metros de largura e os acostamentos de 2,5 metros, com uma rotatória próxima a bomba de água que drena as águas da área interna ao dique. A estrutura atenderá os portos e futuras instalações alfandegárias e de descarga.

“O contorno não é uma prioridade para Murtinho, mas para Mato Grosso do Sul, pois será mais um meio facilitador para escoamento de nossos produtos”, destaca o prefeito Derlei Delevatti. Ele informou que hoje a Prefeitura disciplina a circulação dos caminhões no centro, em comboio e em três horários distintos, para evitar impactos à população. “Temos que nos antecipar ao que está acontecendo, a cidade evoluiu, o desenvolvimento chegou”, disse.

A obra do contorno foi iniciada em março, em duas frentes, mobilizando dezenas de operários e máquinas. A empreiteira Bandeirantes iniciou os serviços de terraplenagem no trecho próximo aos portos e de limpeza do traçado, cujo solo argiloso dificulta a sua execução. “Mas o projeto foi bem elaborado e em 15 dias vamos entrar no ritmo máximo, com 100 operários, para concluir no prazo de dez meses”, informa Sidney Jose Carvalho, engenheiro da obra.

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