O Corinthians venceu o Internacional na tarde deste domingo, no Beira-Rio, e terminou a 17ª rodada na liderança do Campeonato Brasileiro, ajudado pelo Botafogo, que ganhou do ex-líder Palmeiras no Rio. O gol de Elias decretou a sétima derrota colorada numa sequência de nove jogos sem vitória.
Quem tinha a expectativa por um bom jogo ficou frustrado com a etapa inicial em Porto Alegre. Quase todas as jogadas paravam no último passe ou, quando chegavam aos atacantes, as bolas terminavam divididas, não limpas para as finalizações. A disputa foi truncada, com 42 passes errados, 22 do time da casa. Nesse cenário, o Corinthians jogou mais no campo do Inter, com 52% de posse de bola, nove bolas levantadas (contra quatro) e duas chances reais de gol (contra uma). Aos 41 minutos, isso foi premiado: dentro da área, Romero rolou para Elias tocar rasteiro no canto direto de Lomba.
Na volta para a etapa final, Falcão já tinha queimado as três substituições – no primeiro tempo, Jair já tinha entrado no lugar de Anselmo, machucado. Com Nico López e Sasha nas vagas de Valdívia e Vitinho, o Inter começou mais perigoso, principalmente com avanços pelos lados. Aos 5, após cruzamento para a área, Uendel acertou com o pé a cabeça de Ariel, mas o árbitro não marcou pênalti. Mas o Corinthians logo reequilibrou o jogo, criando chances no contra-ataque. E perdeu a chance de aumentar. O time de Cristóvão Borges terminou com menos posse (46%), mas finalizou bem mais (11 a 4).
A reação de indignação, e até de violência, foi imediata. Após o jogo, um grupo de torcedores do Inter rumou ao portão de acesso dos jogadores para protestar contra a má fase do Colorado no Brasileirão. Na revolta, houve tentativas de invasão e até vidraças quebradas no estádio. A Brigada Militar teve de intervir para conter os ânimos dos manifestantes. As cobranças recaíram sobre a equipe, com gritos de "vergonha, time sem vergonha", e contra a diretoria, materializada na figura do atual presidente Vitorio Piffero.
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