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Corregedoria investigará conduta de PM que matou professora em acidente

O militar dirigia bêbado, por isso foi preso e teve a preventiva decretada pela justiça ainda neste domingo

A Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul irá abrir processo administrativo para investigar a conduta do tenente Alexander Nantes Stein, responsável pelo acidente que matou a professora Suellen Vilela Brasil, 32 anos, na noite de sábado (30), em Campo Grande. O militar estava bêbado, por isso foi preso e teve a preventiva decretada pela justiça.

Alexander é lotado no 4º Pelotão da PM em Ribas do Rio Pardo e desde ontem está no Presídio Militar Estadual, localizado no complexo penitenciário do Jardim Noroeste. O tenente teve a prisão preventiva decretada pelo juiz plantonista Francisco Vieira de Andrade Neto, que considerou a medida necessária por causa da violência do fato.

O acidente ocorreu na Avenida Gury Marques, na Vila Cidade Morena, na região da saída de Campo Grande para São Paulo. Suellen e Alexander dirigiam no mesmo sentido da via bairro/centro. A colisão aconteceu no exato momento em que a mulher reduziu a velocidade para passar um quebra-molas.

A suspeita, é que Alexander estava em alta velocidade, por isso não conseguiu frear a tempo e atingiu a traseira do Renault Clio Sedan de Suellen. Com a violência do impacto, o carro foi “jogado” contra uma árvore. Alexander também perdeu o controle da direção, subiu no meio-fio, atravessou o canteiro e só conseguiu parar na pista contraria da Gury Marques, a cerca de 120 metros do ponto de colisão.

Suellen ficou presa nas ferragens e não resistiu aos ferimentos. Jó o tenente não sofreu lesões graves. Ele não assumiu ter bebido aos policiais que foram ao local do acidente e se negou a fazer teste do bafômetro, no entanto, apresentava sinais claros de embriaguez, como falta de equilíbrio e odor etílico, por isso foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Militar, equipes da Corregedoria acompanham o tenente desde então. Alexander passará pelo processo administrativo disciplinar e ao fim da investigação pode, ou não, ser excluído da corporação. Até lá, o militar deve ser afastado das funções.

Reincidente – Essa não é a primeira vez que o tenente se envolve em crime. Em 2012 , durante uma festa, Alexander matou Juan Barros Barbosa, de 24 anos, com um tiro acidental.

Segundo relatos da época, o policial e outros colegas, todos de Corguinho, estavam em uma festa no Bairro Marcos Roberto. Alexander então pegou a sua pistola ponto 40 de uso exclusivo e começou a manuseá-la na frente dos amigos. Em determinado momento a arma disparou e atingiu o abdômen de Juan.

Diante do novo crime, a família do rapaz lamenta a impunidade da morte do rapaz. “Quando vimos a notícia de que ele se envolveu em um acidente com mais uma morte, ficamos revoltados. O nosso receio é de que vá acontecer o mesmo que ocorreu há oitos. Ele matou um jovem e depois voltou para corporação como se nada tivesse acontecido”, desabafa, Leandro da Silva Ribeiro, de 34 anos, que era cunhado de Juan.

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