O menino Mikael, de 3 anos, que morreu na manhã desta terça-feira, dia 16 de junho, depois de ser atacado por um cachorro, saia de casa ao lado da mãe quando foi mordido inúmeras vezes. Segundo vizinhas, o garoto chutou o cão que revidou com violência.
O menino teve afundamento de crânio e sobreviveu menos de uma hora após ser ferido. A criança, segundo apurou o site Campo Grande News, não tinha convivência com o animal, de médio porte. A tragédia aconteceu no Bairro Cristo Redentor.
Para que o animal soltasse o menino, primeiro a dona da casa usou uma vassoura, depois o vizinho, chamado pela mãe, usou uma enxada. Só aí a criança foi solta pelo cão, já bastante ferida.
Antes mesmo da chegada do socorro do Corpo de Bombeiros, o vizinho levou a criança para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes, por volta das 10 horas. Por 45 minutos, a equipe tentou salvar Mikael, mas ele havia perdido muito sangue. Morreu menos de uma hora depois da tentativa de brincar com o animal, após sofrer parada cardiorrespiratória.
A mãe, de 18 anos, dormia na casa de uma prima, onde o cão foi deixado para cuidar o imóvel há cerca de dois meses, ainda segundo as apurações. O imóvel é alugado e cão pertence ao dono.
Embora vivesse com a criança em outra casa, no mesmo bairro, na noite de ontem ela decidiu dormir na residência da prima, no endereço onde aconteceu o ataque.
Equipe da Polícia Militar esteve tanto no lugar quanto na unidade de saúde. Diante da morte da criança, a Polícia Civil foi acionada e fez os levantamentos para dar encaminhamento à investigação.
Investigação policial
O caso vai ser apurado pela Depca (Delegacia Especializada de Apoio à Criança e ao Adolescente). A delegada titular, Marília de Brito, explicou que o registro foi feito como morte a esclarecer.
Segundo a autoridade policial, foi feito o laudo do local de morte, vai ser providenciada a necropsia do corpo da criança, também foram ouvidas testemunhas, que vão embasar a peça investigatória.
O inquérito pode evoluir, inclusive, para homicídio culposo, em razão da omissão de cautela do animal, mas tudo isso vai depender ainda do andamento das investigações, informou
Existe a informação de o cão ficava muito tempo preso, às vezes até amarrado. Depois do ataque ele foi colocado em uma corrente. Foi entregue pelos policiais ao proprietário, que prestou depoimento nesta tarde.
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