Aproximadamente 30 funcionários da empresa Doura ser -terceirizada que faz a limpeza do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian)-, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (13). O problema de atrasos de salários dos funcionários se arrasta há mais de dois anos e agora, com o fim do contrato com a empresa, eles ainda não receberam o acerto, que deveria ter sido pago no último dia 10.
Os trabalhadores que estavam no local afirmaram que mais gente queria estar no protesto, porém, por falta de dinheiro para o passe de ônibus, não puderam nem sair de casa. A maioria dos trabalhadores recebe em torno de um salário mínimo e relatam que estão ficando sem comida em casa e já teve até família despejada por falta de pagamento do aluguel.
De acordo com o vice-presidente do STEAC/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação), Ton Jean Ramalho Ferreira, o contrato entre a empresa e a UFMS terminou no dia 29 de outubro. Ao todo, são 235 terceirizados distribuídos entre os campi da instituição e 120 na Capital sem a rescisão.
Ferreira explica que a UFMS estaria com o dinheiro das rescisões retido, pois após os problemas consecutivos de atrasos e falta de pagamento, passou a reter parte dos repasses para conseguir pagar os trabalhadores ao fim do contrato. Em junho, o sindicato, a UFMS e a Douraser acordaram que a rescisão seria feita no dia 30 de setembro. Porém, por conta de umação que o sindicato entrou em 2015, a UFMS não pagou.
No dia 23 de setembro, novamente o sindicato que representa a categoria se reuniu com a UFMS e foi feito um acordo para o pagamento do acerto no último dia 10. Mais uma vez, o dinheiro não foi depositado. Os funcionários da limpeza afirmam que vão permanecer na frente da pró-reitoria até receber o posicionamento.
Elisângela da Silva Amorim, 34 anos, diz que trabalhou quatro anos na Douraser. "A maioria de nós está tendo de pagar dinheiro emprestado para comer com a família. Pegamos dinheiro emprestado para vir aqui e só saímos com uma resposta". Elci Pereira Bento, 30 anos, foi funcionária da Douraser por 2 anos e 9 meses. Ela conta que tem 4 filhos e foi despejada da casa onde mora. "Agora, moro em um barraco".
O Jornal Midiamax procurou a UFMS, porém as ligações não foram atendidas.
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