O medo de contaminação pelo novo coronavírus tem afastado a busca de pessoas por atendimento à saúde, mesmo aquelas com comorbidades e necessidade de acompanhamento médico. Isso tem feito pacientes em isolamento domiciliar ou subnotificados serem encaminhados ao hospital quando apresentam um estado crítico, com dificuldade de recuperação. "É preciso que os municípios aprimorem o monitoramento", diz o deputado Marçal Filho.
Campo Grande é a cidade sul-mato-grossense com mais vagas ocupadas de UTI e grande parte de quem passa a ocupar o leito, conforme a Secretaria de Estado de Saúde, chega em estado crítico, reduzindo as chances de cura.
Um monitoramento mais apurado na atenção primária, de forma a identificar os primeiros sintomas e os agravos daqueles que estão em isolamento social, precisa ser redobrado entre as secretarias municipais de saúde, diz o deputado.
Alguns municípios passaram a implementar centro de monitoramento de pacientes, como Dourados, no entanto, essa medida deve ser tomada de forma rigorosa em todas as cidades. O mais recente boletim epidemiológico do município, por exemplo, mostra que mais de 50% dos leitos de UTI ocupados são de pacientes da região de Dourados. "Se os municípios não fizerem a sua parte, o combate à pandemia será muito mais difícil", avalia o parlamentar.
Marçal Filho também chama a atenção para uma possível explosão de doenças crônicas com a pandemia. Pela falta de consultas médicas e exames de rotina, pessoas perdem o controle da própria saúde e se infectados pela covid-19, o quadro clínico se agrava, aumentando as chances de óbito.
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