Com o mundo confinado devido à pandemia do coronavírus, o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, não será de celebrações, passeatas ou de descanso. "Será de reflexões, pois essa pandemia tem nos forçado a adaptar a uma nova realidade. E temos sido obrigados a olhar muitas situações sobre outros enfoques", diz o deputado estadual Marçal Filho.
Advogado e empresário, o parlamentar tem acompanhado de perto os desdobramentos da pandemia, que trouxe crise para o mundo todo. Embora as questões econômicas firam cada um de formas e intensidades diferentes, em função de circunstâncias individuais e socioeconômicas, os trabalhadores estão imensamente afetados, sobretudo empresas. Muitas fecharam pelo país afora e o governo estima em 150 mil desempregados nas últimas semanas.
A pandemia trouxe mais notícias ruins, por outro lado é possível encontrar pontos positivos, de fraternidade, de união. "Está mudando a todos nós. Que quando isso tudo passar, nós nos tornemos melhores, individualmente e coletivamente", avalia Marçal Filho.
Entre melhorar a higiene, reduzir a contaminação e fortalecer os laços sociais, a pandemia tem trazido lições no meio da crise. Enquanto muitas pessoas estão confinadas, trabalhando de casa, uma grande parcela que atua em segmentos considerados essenciais segue firme em suas rotinas.
Profissionais da saúde, da segurança pública, do transporte de mercadorias, trabalhadores do campo e da cidade que estão na linha frente, mantiveram suas rotinas para garantir que o país não pare. Embora muitos problemas têm surgido, perspectivas positivas como rede de solidariedade é destacada por Marçal Filho. "As pessoas, os governantes passaram a compreender que vivemos numa grande comunidade global. Ninguém está isolado, o que precisamos é criar melhores condições para todos", avalia o parlamentar.
Ele chama a atenção para os quase 50 milhões de brasileiros que até então eram invisíveis e que conseguiram o benefício social do governo federal por 90 dias. O deputado estima que a missão de preservar os empregos e a fonte do sustento dos trabalhadores neste período de crise será uma das marcas deixadas pelo coronavírus, além de ter que lidar por um longo tempo com a rigidez das medidas para evitar a disseminação do vírus.
Instituída em 1886 por melhores condições de trabalho, o Dia do Trabalhador em 2020 entra para a história como um dos maiores desafios dos direitos sociais-trabalhistas, da economia e da ciência. Embora não se tem, hoje, motivos para festejar, segundo Marçal Filho, as pessoas precisam crer que amanhã será melhor.
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