Diante da complexa rede de questões sociais e ambientais que desafiam as metrópoles, não há mais abordagem possível para o planejamento urbano a não ser a holística. Definir estratégias para isso foi o objetivo do programa 100 Resilient Cities, iniciativa da Fundação Rockenfeller que incluiu três capitais brasileiras e está chegando ao fim.
Pablo Lazo, diretor de planejamento da Arup, empresa parceira da iniciativa, falou sobre o assunto num encontro organizado pela plataforma Arq.Futuro.
Quais cidades brasileiras participam do programa?
Porto Alegre fez parte da primeira seleção de 32 municípios com os quais começamos a trabalhar em 2014. O Rio de Janeiro entrou na segunda rodada, com outras 34 cidades, em 2015. Salvador integrou o último grupo, em 2016.
Como funciona?
O apoio da Fundação Rockefeller se deu de três formas: na contratação de um chefe de resiliência urbana dentro da prefeitura, na disponibilização de parceiros que amparassem o trabalho desse profissional, e, por fim, na ponte com empresas de diversos setores para que elas fornecessem dados durante os dois anos do programa. No final, cada cidade formulou um documento que consolida sua estratégia de resiliência.
Que resultados foram obtidos?
Em Porto Alegre, que acompanhei de perto, a revitalização do 4º Distrito, em curso, foi um dos projetos emblemáticos. A ideia é fazer da área um laboratório para inserir princípios de resiliência, como gestão de lixo, água e esgoto, um plano de mobilidade etc. Porto Alegre também realizou a avaliação City Resilience Index (CRI), ferramenta da Arup para mapear vulnerabilidades e facilitar uma abordagem sistêmica desses problemas.
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