Após atrasos nas entregas de estádios e com inaugurações feitas a toque de caixa, a menos de um mês no início da Copa das Confederações, a presidente Dilma Rousseff mandou um recado aos “pessimistas de plantão” e afirmou que o Brasil tem capacidade de financiar e construir arenas de qualidade para os eventos esportivos. Dilma disse sentir “orgulho” da qualidade das instalações.
“Com as entregas demonstramos a capacidade de nós, brasileiros, realizarmos o que muitos pessimistas de plantão diziam que nãosomos capazes. Por isso, a gente vai acumulando vitórias”, declarou a presidente em solenidade de inauguração do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Ao lembrar-se do craque que dá nome à arena da capital federal, Dilma citou o chamado “complexo de vira-lata”, definição dada por Nelson Rodrigues à baixa autoestima dos brasileiros na década de 1950. Para a presidente, a habilidade de Garrincha funcionou como uma arma contra esse sentimento de inferioridade.
A Copa das Confederações começa no dia 15 de junho, mas o Mané Garrincha só foi entregue neste sábado. Os arredores do estádio ainda não passaram por fase de acabamento e o jogo inaugural, a ser realizado nesta tarde, ainda terá um estádio com tapumes. Na segunda-feira, Dilma ainda inaugurará o último dos seis palcos do torneio, a Arena Pernambuco, em Recife.
Situado em uma cidade sem tradição no futebol nacional, o estádio tem a segunda maior capacidade entre as arenas da Copa do Mundo: 71 mil lugares. O governo local luta agora para atrair jogos da série A do Campeonato Brasileiro, especialmente se o mando de campo for de times cariocas –preferidos pelos brasilienses.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, indicou que o estádio também será dedicado a eventos culturais, como shows internacionais, poderá representar um centro comercial importante.
Com um custo de R$ 1,2 bilhão, o Estádio Nacional Mané Garrincha sediará a abertura da Copa das Confederações e também será palco de sete jogos da Copa 2014, incluindo a disputa de terceiro lugar.
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