DOURADOS

Discussão e tapa no rosto resultaram em confusão que terminou em morte no cinema

Caso ocorreu no cinema de Dourados - Crédito: Ligado na Redação Caso ocorreu no cinema de Dourados - Crédito: Ligado na Redação

Discussão por causa do assento e agressões acabaram motivando a morte do bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43, na tarde de ontem (8/7) na sala 1 do cinema do Shopping Avenida Center, em Dourados. Preso em flagrante, o policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, 37, alegou legítima defesa. 

Conforme informações repassadas pelo advogado do PM, na tarde de segunda-feira ele chegou ao local acompanhado dos filhos de 14 e 9 anos para assistir ao filme “Homem-Aranha Longe de Casa”. O trio teria feito a aquisição das poltronas 9, 10 e 11 na fileira sete.

Ao entrar na sala, Dijavan teria encontrado Júlio em outro assento ao lado da filha adolescente, se acomodando e deixando um dos meninos ao lado do bioquímico. 

Durante a sessão, ainda de acordo com a defesa do acusado, a vítima teria provocado o filho do policial abrindo os braços e as pernas, fazendo com que ambos trocassem de lugar. 

A versão é a mesma do boletim de ocorrência registrado no 1º Distrito Policial de Dourados.

Minutos depois houve nova discussão e Dijavan teria sido agredido com chutes e teve inclusive os óculos quebrado após ser atingido com um soco. 

Logo depois, Júlio levantou alegando que sairia da sala e, segundo a ocorrência, deu um tapa no rosto do menino. O suspeito ameaçou chamar a polícia e foi atrás da vítima. 

Na escadaria da sala de cinema Júlio interpelou e puxou a camisa do policial. Em seguida o militar sacou a arma, pistola .40, e se identificou, momento em que a vítima foi para cima dele tentando pegar o objeto. 

Os dois entraram em luta corporal e caíram, momento em que ocorreu o disparo, conforme a defesa, acidental. O tiro atingiu Júlio no peito e transfixou o pescoço. 

O acusado ligou para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros relatando o fato e tentou estancar a hemorragia sob o queixo do bioquímico, mas, quando os socorristas chegaram, o rapaz já havia morrido. 

No local, a Polícia Militar realizou a prisão de Dijavan. 

Inicialmente ele foi encaminhado ao quartel da PMA, próximo ao shopping e depois para o 3º Batalhão, antes de ser levado a prestar depoimento no 1º Distrito Policial.   

A arma usada pelo policial não possuía registro e foi apreendida com 12 munições do mesmo calibre. 

Autuado em flagrante, Dijavan ficará preso no quartel da PMA em Dourados até decisão judicial. Além do Inquérito Civil, a Polícia Militar instaurou procedimento para apurar o caso. 

Câmeras de segurança da sala de cinema também serão usadas para analisar os fatos. 

O delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Rodolfo Daltro, agendou uma coletiva para as 9h desta terça-feira (9/7) para dar mais detalhes sobre o caso. 

 

Comentários