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Dois morrem em confronto durante operação contra furtos de gado

Operação foi desencadeada na quarta-feira - Crédito: Divulgação/Polícia Civil Operação foi desencadeada na quarta-feira - Crédito: Divulgação/Polícia Civil

Joilce Castello Soares, 43 anos, e Vadilson Candelário, 44 anos, morreram durante confronto com a Polícia Civil, na tarde desta quarta-feira, dia 18 de outubro, na região da Nhecolândia, no Pantanal sul-mato-grossense. Os oficiais realizaram mais uma etapa da Operação Marruá, que cumpria mandados de busca e apreensão contra delitos de furto qualificado, roubo, dano e homicídio qualificado praticados por organização criminosa.

Na área da propriedade foram encontrados produtos de furto. Entre eles, placas solares, bomba de água, fios de energia elétrica e cerca de 100 cabeças de gado bovino com sinais aparentes de remarcação.

Segundo a nota enviada à imprensa, os policiais foram surpreendidos por disparos de arma de fogo efetuados por um dos alvos da investigação e por outro agressor. O primeiro homem foi atingido por um único tiro e o segundo por dois disparos, ambos na região do tórax.

A dupla chegou a ser socorrida, mas não resistiram aos ferimentos. A Polícia Científica foi acionada e realizou exames periciais. Em poder do primeiro homem foi localizada uma arma de fogo do tipo espingarda adaptada para calibre 22, contendo cinco munições, dentre elas uma deflagrada.

Com o segundo homem, foi localizada uma arma de fogo do tipo revólver calibre 38, contendo quatro munições.

Ao jornal Diário Corumbaense, familiares alegaram descaso policial e que os dois foram executados.  “[...] Deram um revólver para meu irmão pegar, ele não quis, e em seguida deram um tiro no peito dele e ali mesmo ele morreu. Depois 'plantaram' toda a cena de que ele teria reagido e mandaram minha cunhada ‘sumir’ porque iriam matar todos que estavam na fazenda”, disse Jair Castello Soares.

Os familiares acompanharam a chegada dos corpos no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), na tarde desta quarta, e protestaram. “A gente clama é por Justiça, porque a Polícia está aqui para nos defender, não para executar ninguém. Eu como médico, estou ali para salvar vidas, independente da pessoa".

Ainda ao jornal, delegado Regional de Polícia Civil de Corumbá, Fabrício Dias dos Santos, disse que a ação foi legítima e baseada em uma decisão judicial que autorizou a busca e apreensão na propriedade rural. "Duas equipes foram surpreendidas pelos dois homens mortos, mas a alegação da família será devidamente apurada". 

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