O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (2), a primeira sessão de 2019, com os investidores monitorando o noticiário local com a posse do novo governo. Enquanto isso, o cenário externo passou para o segundo plano, apesar da maior cautela dos investidores com a desaceleração econômica global após dados fracos da economia da China, destaca a Reuters.
A moeda norte-americana caiu 1,69%, a R$ 3,8087 - o menor valor desde o fechamento de 22 de novembro. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,8978 e, na mímima, foi a R$ 3,8004. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,96, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No último pregão de 2018, o dólar recuou 0,55%, a R$ 3,8742, mas encerrou o ano com alta de 16,92%.
"O mercado vai reagir pontualmente sempre que alguém (do novo governo) fizer declarações", disse à Reuters o operador de câmbio da Necton Corretora, José Carlos Amado, ponderando, que a liquidez baixa facilita os movimentos abruptos.
O presidente Jair Bolsonaro tomou posse na véspera e, ao longo desta quarta, ocorre a transmissão de cargos para os novos ministros, entre eles Paulo Guedes, novo ministro da Economia. No discurso de posse, Guedes disse que a Previdência Social, as privatizações e a simplificação de tributos são os "pilares da nova gestão".
Paulo Nepomuceno, estrategista-chefe da corretora Coinvalores, afirma que o ano começa com um certo otimismo com o novo governo de Jair Bolsonaro, após a posse presidencial. “A transição [entre governos] foi relativamente tranquila e agora, com as rédeas nas mãos, vamos saber o que o novo governo vai priorizar”, afirmou ao Valor Online.
Durante a posse, Bolsonaro disse que “o governo não gastará mais do que arrecada” e que fará “reformas estruturantes, que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas, transformando o cenário econômico e abrindo novas oportunidades”. Muitos investidores, no entanto, aguardam demonstrações mais concretas de que a equipe terá a habilidade necessária para viabilizar os projetos.
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