A perspectiva para os próximos anos é de continuidade do crescimento da economia de Mato Grosso do Sul acima da média nacional. O último PIB (Produto Interno Bruto) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia) mostra uma variação de 4,9% no Estado em 2017, enquanto o desempenho brasileiro no mesmo ano foi de 1,3%.
Para o economista Sérgio Torres, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o Brasil deve manter a recuperação da economia com crescimento de 1,8% em 2020 e superior a 2% em 2021, e Mato Grosso do Sul irá alcançar números sempre acima desses resultados, impulsionado pelo setor agropecuário.
“Em Mato Grosso do Sul temos o agronegócio muito pujante e uma tendência do nosso Estado configurar com um Produto Interno Bruto acima da média nacional. Sendo assim, para 2020 projetamos para 2021 um PIB de 2,2% a 2,4%, mantendo um desenvolvimento do setor agroenergético, principalmente do gás boliviano, com os investimentos previstos do governo estadual e federal. É possível que tenhamos PIB a 2,4%, talvez até um pouco superior, para 2021”, avaliou Torres. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em determinada localidade.
O setor de serviços, segundo ele, recuperou força e a expectativa é de crescimento do setor da construção civil, um pilar muito importante para geração de emprego e distribuição de renda em Mato Grosso do Sul.
O Produto Interno Bruto de Mato Grosso do Sul gerado em 2017 foi de R$ 96,372 bilhões, resultando em um PIB per capita de R$ 35.520,45 – o oitavo maior valor per capita entre os demais estados brasileiros.
Ainda conforme o economista, três reformas podem alavancar a economia brasileira, que teve três anos de queda da economia, mas já esboça uma reação. “Temos a expectativa que, com as reformas administrativa, política e, principalmente, a tributária/fiscal podemos dar um ânimo maior ainda para o País e o Produto Interno Bruto pode ser um pouco mais otimista tendo em vista que, se as reformas acontecem, é possível termos um número mais considerável na empregabilidade do País, na geração de empregos e distribuição de renda, portanto, um maior consumo das famílias e, por conseguinte, o desenvolvimento do país”, disse.
O crescimento de Mato Grosso do Sul é resultado, em parte, da política de desenvolvimento econômico – com o fomento à modernização, uso da ciência e tecnologia e aumento da produtividade agropecuária – e de medidas de austeridade implementadas pelo governo – reformas administrativa (com a extinção de seis secretarias) e previdenciária estadual, estabelecimento de limites de gastos para todos os poderes e a renegociação da dívida do Estado.
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