Por: Angela Dutra
Deu-se a retomada do ano letivo nas escolas. Com ele, a possibilidade de muitos pais atribuírem a responsabilidade da educação de seus filhos a essas instituições.
De alguns anos para cá, em razão das relações familiares terem sido altamente afetadas, o papel que deveria ser dos pais, aos poucos foi sendo transferido para as escolas, que por sua vez, não teve tantas alternativas e acabou recebendo essa carga diária quase que insustentável.
Os motivos são os mais diversos: Pais que trabalham muito e passam pouco tempo com os filhos, à busca incansável pelo sucesso profissional, o despreparo para exercer a missão nada fácil, papéis invertidos dentro do lar, falta de limites na educação das crianças, ausência afetiva dos pais, ausência de amor, respeito e aceitação por parte dos adultos. Estas são apenas algumas das lacunas que a escola tenta preencher, no entanto muitas vezes sem sucesso.
A família que anteriormente tinha o papel de formação ética do indivíduo, desta vez resolveu acomodar-se e esperar que a função delegada aos professores, surtam efeitos positivos e impactantes no corpo da sociedade. Como recompensa dessa tragédia, crianças sendo expostas e direcionadas a exercerem papéis e hábitos que nem o corpo nem a mente estão preparados. São seres imaturos à mercê de pais totalmente perdidos na forma de agir e pensar. Acompanhar o desenvolvimento do mundo moderno é a válvula de escape que muitos desses pais encontraram para justificar tanta incompetência, na hora de educar aqueles em que na Bíblia são denominados como herança, esquecendo-se que os valores delegados no seio familiar irão marcar de forma positiva ou negativa, o homem e a mulher do amanhã. Mas afinal, quem deve educar: os pais ou as escolas?
A Bíblia e muito clara quando se trata da educação dos filhos, quando lemos Provérbios 22.6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda que for velho não se desviará dele.”.
O texto deixa evidente que os pais não devem transferir ou empurrar essa responsabilidade às escolas, igrejas, às babás, aos vizinhos ou a quem quer que seja. Estes podem sim colaborar na formação desses indivíduos, porém a missão de preparar os filhos tanto para a vida quanto para a vida eterna, fora dada por Deus aos pais.
Num outro aspecto, podemos observar que leis estão sendo criadas para destituir o poder dos pais na hora de educarem os filhos, basta pensarmos na lei da palmada, que é crime.
Nesse ponto é sensato a reflexão, haja visto que ninguém em pleno juízo poderá defender o espancamento, a humilhação, a agressividade e a violência doméstica contra crianças e adolescentes, mas além de instruir, orientar e prover a educação dos filhos, a Bíblia ensina que disciplinar e punir sem violência quando necessário contribui para a formação do cidadão de bem.
(Leia Provérbios 13:24) “Quem não castiga o filho não o ama. Quem ama o filho castiga-o enquanto é tempo”.
Estamos vivendo dias difíceis em que o desrespeito e a ruína familiar parecem ser algo comum, onde tudo é permissivo, e a quebra das regras e princípios da verdadeira educação com base Bíblica, vem sendo violados o tempo todo, sem que haja uma reação por parte dos pais que precisam assumir a culpa do mau gerenciamento da vida de seus filhos.
Notem: Aplicar a correção de forma racional e equilibrada fará com que o lar seja a primeira escola e os pais os primeiros professores. Melhor do que dar coisas para suprir carências emocionais e afetivas dos filhos é educar ensinando a eles os limites e os valores para uma vida de sucesso, onde o respeito, a honra, a honestidade e a obediência sejam fatores relevantes para uma vida feliz.
Educação vem de casa.Educar filhos exige comprometimento, abnegação, presença, dedicação, paciência e muito amor. Vale a pena pensar. Que Deus lhe conceda uma semana com bons resultados na prática da boa educação!
Angela Dutra - Jornalista, Cantora e Educadora Cristã
angeladutrajor@hotmail.com
Comentários