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Em briga por terra, indígenas atiram em policiais na fronteira

Viaturas da Polícia Nacional em área onde indígenas teriam atirado em policiais - Crédito: (ABC Color) Viaturas da Polícia Nacional em área onde indígenas teriam atirado em policiais - Crédito: (ABC Color)

Equipes da Polícia Nacional do Paraguai e do Ministério Público daquele país foram atacadas a tiros na tarde desta quarta-feira, dia 13 de março, nos arredores de Corpus Christi, povoado localizado a menos de 40 km da cidade de Paranhos, em Mato Grosso do Sul. Segundo a imprensa paraguaia, indígenas paraguaios que lutam por demarcações de terras na linha internacional seriam os autores dos tiros.

O atentado ocorreu no mesmo local onde, no dia 8 do mês passado, um trator e uma semeadeira foram incendiados pelos nativos. Por volta de meio-dia desta quarta-feira, policiais e equipes do Ministério Público seguiam para a propriedade ocupada pelos indígenas quando foram atacados.

Estavam na equipe os promotores Ramón Javier Ferreira e Oscar Paredes, além dos comissários da Polícia Nacional Roque Cañete e Aldo Morel. Segundo o Ministério Público, os promotores e policiais pretendiam chegar ao acampamento para conversar com os líderes da ocupação e tentar convencê-los a deixar a fazenda.

A advogada Michelle Bettancourt, representante da empresa Alsa S/A, proprietária das terras, disse ao jornal ABC Color que os tiros foram disparados com armas automáticas e tinham a comitiva como alvo. Entretanto, ninguém foi atingido.

A propriedade tem 1.560 hectares. Cem deles são formados por florestas e foram ocupados pelos indígenas. Os representantes da empresa acusam os indígenas de se associarem a traficantes de drogas para uso das matas para plantio de maconha e pouso de aviões com cocaína. Os nativos alegam que as terras são de ocupação histórica e por isso pertencem a eles. 

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