Ano passado 740 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em Mato Grosso do Sul, média de 61 casos mensais, ou dois por dia, segundo informação do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Conforme matéria de hoje (7) no jornal Correio do Estado, dessa estatística, 500 casos foram descobertos no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. O levantamento é produzido a partir do números de pacientes atendidas na unidade. Segundo o oncologista Fabrício Colacino Silva, somente no Hospital do Câncer são cerca de 40 resultados positivos, mensalmente.
Para evitar o crescimento da estatística, unidades da saúde se unem neste mês - lembrado como “Outubro Rosa”, promovendo ações de conscientização e combate a este tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo e o que mais mata. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2010, foram 12.852 mortes em consequência da doença, sendo 147 homens e 12.705 mulheres. De acordo com Fabrício, apenas 10% dos casos estão relacionados à hereditariedade e, na avaliação dele, o elevado número se deve também a três outros fatores.
“A idade média está aumentando. O envelhecimento é um dos fatores responsáveis pelo aparecimento da doença. Outro fator se refere à alimentação. Produtos naturais são menos consumidos, atualmente. As formas de diagnosticar o câncer melhoraram com a disponibilização de equipamentos mais avançados e isso também contribui no aumento dos casos”, destacou. O especialista enfatiza que, apesar de toda a tecnologia oferecida, ainda há tabu entre as mulheres que precisa ser quebrado. Segundo Fabrício, se o câncer for descoberto ainda em fase inicial tem até 90% de chance de ser eliminado. Do contrário, menos de 20%. O especialista ainda cita que o objetivo dos especialistas é identificar a doença no início porque, além de diminuir a chance de cura, o câncer avançado também gera maior custo. A reportagem é de Laura Holsback.
fonte: Correio do Estado
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