Desde que se tornou porta de entrada para a universidade, o Enem ganhou atenção especial das escolas e cursos preparatórios. A aceitação da nota deste exame como critério para a matrícula no curso superior facilitou muito a vida dos alunos, mas, pelo menos por enquanto, ela não vale para todas as escolas. Na Universidade de São Paulo (USP), sempre apontada como a melhor do país, o ingresso ainda depende do resultado no temido vestibular da Fuvest.
Ao contrário do Enem, que acontece em dois dias (este ano, 5 e 6 de novembro) e é composto por 190 questões de multiplicação escolha mais a redação, a Fuvest tem duas fases. A primeira, marcada para 27 de novembro, inclui 90 questões de múltipla escolha divididas em oito disciplinas. Se passar nesta, o aluno enfrentará uma segunda e mais puxada fase, de 8 a 10 de janeiro, com provas discursivas específicas e redação.
As diferenças entre os dois exames vão além da forma como são aplicados e do grau de dificuldade e transbordam para a própria abordagem do conteúdo apresentado no ensino médio. No Enem, valoriza-se a interpretação de textos e priorizam-se pontos mais conceituais e simples nas ciências exatas. Já na Fuvest, questões interdisciplinares exigem conhecimentos específicos e um raciocínio mais elaborado.
A pedido de VEJA, professores da Escola Móbile, de São Paulo, compararam as duas provas por grupos de disciplinas. Independente do exame, uma recomendação é unânime: a melhor forma de se preparar é resolvendo provas antigas, comparando questões e analisando os erros, para não repeti-los. Abaixo de cada tópico, clique para ver como são tratadas questões da mesma área nos dois exames.
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