Vereadores de Costa Rica, município distante 398 km de Campo Grande, enviaram ofício ao presidente da Energisa – concessionária responsável pelo fornecimento de energia na cidade – pedindo informações sobre sucessão de apagões e falta de energia que demorou mais de 48 horas para ser restabelecida.
Conforme o documento, os vereadores também cobram o diretor da concessionária a adotar providências a fim de melhorar o atendimento da área rural do município.
Segundo relatado no ofício, no dia 04 de janeiro, houve um total “apagão” em Costa Rica, que durou praticamente a tarde toda e afetou inteiramente as zonas urbana e rural do município. O mesmo episódio repetiu-se no dia 08 de janeiro, sexta-feira, quando novamente a cidade enfrentou um novo “apagão”, que também persistiu praticamente a tarde inteira.
Em ambas as ocasiões todo o comércio da cidade foi afetado e vários estabelecimentos chegaram a fechar duas vezes mais cedo na mesma semana ante a falta de energia elétrica nessas datas. A situação causou transtornos e prejuízos para a população como a ausência de sinal de celular na cidade, impossibilidade de uso do cartão de crédito/débito e da realização de serviços e tarefas que requerem o uso de energia elétrica, por exemplo.
Moradores da zona rural alegam que ficam sem energia por mais de 48h em diversas ocasiões, pois a Energisa demora para realizar a manutenção da rede elétrica que abastece sítios e fazendas do município, devido a interrupção do fornecimento de luz provocadas, principalmente, por chuvas e ventos.
À reportagem, a assessoria da Energisa informou que a concessionária não havia sido formalmente notificada sobre o ofício expedido pela Câmara de Costa Rica.
Quanto às interrupções no fornecimento de energia que afetaram a região do município desde o fim de 2020, a distribuidora os atribui a um problema externo ao seu sistema: elas seriam resultado da instabilidade na usina que fornece eletricidade à Energisa que, por sua vez, a distribui.
Por conta da situação, foi acionado um plano de contingência secundário para a região, que é mais suscetível a problemas climáticos –como as chuvas intensas, ventos e raios que atingem o Estado desde o fim do ano passado. Ainda segundo a Energisa, manobras internas foram realizadas na usina fornecedora e a distribuição foi normalizada na região de Costa Rica. (Colaborou Humberto Marques)
*Matéria alterada às 13h15 para inserção do posicionamento da Energisa
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